Saúde

Pesquisadores capixabas apoiam projeto que auxilia a diminuição da asma em crianças

A qualidade do ar que, frequentemente, é menos perceptível do que outros desafios ambientais, têm desempenhado um papel crítico na saúde e qualidade de vida, uma vez que possui consequências profundas e invisíveis. De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos e veiculada pelo Estadão, o material particulado fino e ozônio estão associados às crises de asma em crianças e adolescentes. Diante desse cenário, um projeto apoiado pela Fundação Espírito-Santense de Tecnologia (FEST), busca determinar os impactos de diversos componentes da poluição atmosférica na respiração de crianças com asma.  O objetivo da pesquisa vai de encontro com a questão de que a poluição do ar afeta tanto as crianças que possuem asma, quanto aquelas que não têm a doença.

Para  o projeto, foram recrutadas 221 crianças e adolescentes, sendo 160 com asma e 61 sem a doença. A porta de entrada até eles foram as unidades de saúde, visto que a seleção foi realizada em 7 unidades de saúde de Vitória, sendo elas: Andorinhas, Maruípe, Itararé, Enseada, Jesus de Nazareth, Maria Ortiz e Bairro Jabour. O objetivo do projeto é determinar o impacto de diversos componentes da poluição atmosférica na respiração de crianças. Nesse sentido, pesquisadores visam a realização de diferentes exames nos indivíduos, como por exemplo, glicose, ácido úrico, colesterol, triglicerídeos e substâncias no sangue que possam indicar a existência de alergias a fungos e ácaros. De acordo com os pesquisadores, devido à complexidade dos dados coletados, o projeto pode se estender por, pelo menos, mais dois anos, na medida em que os resultados forem analisados.

“Nosso principal objetivo é comprovar que a poluição atmosférica pode atingir de forma mais grave as crianças. Por isso, preparamos uma série de exames bioquímicos, medições de pressão e eletrocardiograma. À medida que nossas pesquisas vão evoluindo, passamos a acreditar, ainda mais, na importância desse  serviço para a descoberta de novas soluções. Mas antes de aplicá-las, é importante fazer uma análise completa de tudo aquilo que tem sido coletado”, explica José Geraldo Mill, coordenador do projeto.

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