À medida que os homens entram na casa dos quarenta, muitos começam a perceber uma queda significativa nos níveis de testosterona, um hormônio essencial para o bem-estar geral e a saúde. Esta condição, conhecida como hipogonadismo, pode afetar gravemente a qualidade de vida, apresentando uma gama de sintomas que vão desde a redução do desejo sexual até dificuldades cognitivas.
O hipogonadismo ocorre quando os testículos não produzem testosterona em níveis adequados. “Os sinais mais comuns incluem uma diminuição do desejo sexual, dificuldade de concentração, irritabilidade, aumento da gordura corporal e perda de densidade óssea”, explica a endocrinologista Gisele Lorenzoni. Ela destaca que essa condição pode ser classificada como primária, quando é causada por problemas diretamente nos testículos, ou secundária, quando o problema está nas glândulas cerebrais como o hipotálamo ou a hipófise, responsáveis pela regulação da testosterona.
O envelhecimento é um fator significativo na redução dos níveis de testosterona. A produção desse hormônio começa a declinar naturalmente por volta dos 30 anos, com uma diminuição gradual de cerca de 1% ao ano. “À medida que os homens envelhecem, é normal que a produção de testosterona diminua. No entanto, a magnitude dessa queda pode variar de pessoa para pessoa”, afirma Lorenzoni.
A queda nos níveis de testosterona pode desencadear uma série de sintomas que impactam diretamente a qualidade de vida. Entre os efeitos mais comuns estão a fadiga persistente, a diminuição da libido, a perda de massa muscular e força, e alterações de humor, além de dificuldades cognitivas. Estes sintomas podem levar a uma redução significativa na vitalidade e no bem-estar geral.
A reposição hormonal tem se mostrado uma solução eficaz para muitos homens que sofrem com o hipogonadismo. Embora a reposição hormonal seja frequentemente associada ao tratamento de mulheres, a endocrinologista ressalta que também pode ser benéfica para homens, especialmente aqueles com sintomas severos. “Embora a idade recomendada para considerar a reposição hormonal masculina seja geralmente após os 50 anos, alguns homens mais jovens também podem ser candidatos ao tratamento, dependendo da gravidade dos sintomas e da condição geral de saúde”, explica Lorenzoni.
A reposição hormonal pode ajudar a restaurar os níveis de testosterona e melhorar a vitalidade, a massa muscular e o bem-estar geral. No entanto, é crucial que o tratamento seja conduzido sob orientação médica rigorosa para garantir que seja feito de forma segura e eficaz.