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Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do ES celebra um ano de atuação com avanços e novos projetos

Criada em 5 de junho de 2024, a AsBEA/ES reúne 21 escritórios capixabas e impulsiona iniciativas que valorizam a arquitetura e o urbanismo no Estado

Onde há iniciativa, há transformação. E quando profissionais se unem em torno de um propósito comum, os resultados ultrapassam as pranchetas e os traços para impactar cidades, pessoas e futuros. É com esse espírito coletivo que a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura do Espírito Santo (AsBEA/ES) celebra, nesta quarta-feira (5), seu primeiro ano de existência e atuação no Estado.

Apesar da trajetória recente — especialmente quando comparada à história da AsBEA nacional, que já soma mais de 50 anos —, a regional capixaba tem se destacado pela articulação ativa, pela promoção de debates qualificados e por ações concretas voltadas à valorização da arquitetura e do urbanismo.

Hoje, são 21 escritórios capixabas associados, que compartilham conhecimento, experiências e esforços para fortalecer o setor. Para se associar, é necessário ser indicado por dois membros da Diretoria ou do Conselho da instituição.

Segundo o presidente em exercício da AsBEA/ES, o arquiteto Heliomar Venâncio, o foco está em ampliar o reconhecimento da entidade no Estado e estabelecer pontes com diversos setores da sociedade. “A AsBEA no Brasil tem mais de 50 anos, mas aqui no ES ainda é pouco conhecida. Por isso, acredito que essa seja a hora de sermos reconhecidos pelos profissionais da arquitetura, instituições, órgãos públicos e pela sociedade em geral. Vamos abrir para novas filiações neste mês de aniversário e acredito que cheguemos a 30 filiados ainda em junho. Um início espetacular”, afirma.

Entre os projetos futuros, está a criação de um Grupo de Trabalho dedicado ao estudo de um Código de Obras Único — um avanço importante para a harmonização e atualização das legislações urbanísticas nos municípios. A AsBEA/ES também já confirmou presença em importantes eventos do setor da construção civil no Estado: será expositora na ES Construção, no Pavilhão de Carapina (julho), palestrante no Espírito Madeira, em Venda Nova do Imigrante (outubro), e participará com um ciclo de palestras na FENARQ, no IFES de Jardim da Penha (outubro).

Entre as ações realizadas no primeiro ano, destaca-se a visita de 30 arquitetos capixabas à Stone Fair em Cachoeiro de Itapemirim, em agosto de 2024. Além de conhecerem o processo de extração e beneficiamento de pedras naturais, os profissionais participaram de um workshop sobre arquitetura de paisagem com o arquiteto e conselheiro fiscal da AsBEA/ES, Douglas Negrini.

Para o arquiteto José Daher Filho, fundador da Vão Livre Arquitetura e Urbanismo e com mais de 45 anos de carreira, integrar a AsBEA/ES é uma oportunidade valiosa para troca de conhecimentos e fortalecimento da atuação profissional. “A Associação nos ajuda a saber mais sobre processos de gestão dos escritórios, como custos e formas de contratação, além de promover conhecimento técnico e atual por meio de workshops e palestras. É também um espaço de troca entre gerações, onde posso compartilhar minha experiência e aprender com os mais jovens”, destaca.

Daher também ressalta o compromisso ético e apartidário da instituição. “A AsBEA/ES busca sempre manter uma postura profissional e ética, voltada à qualificação da arquitetura e seus atributos. Estou muito satisfeito em fazer parte desse grupo”.

Fundada nacionalmente em 1973, a AsBEA é uma entidade independente de abrangência nacional, reunindo mais de 500 escritórios em todo o país. No Espírito Santo, houve uma tentativa de fundação nos anos 1990, mas foi apenas em junho de 2024, após meses de articulações, que a iniciativa se consolidou.

A AsBEA/ES surge com a proposta de representar a atividade empresarial no campo da arquitetura, promovendo inovação, qualidade dos serviços e uma atuação propositiva em prol das cidades e do exercício profissional.

Com apenas um ano de atuação, a entidade já demonstra fôlego e ambição para ampliar sua presença e relevância no cenário capixaba. E, ao que tudo indica, o movimento está apenas começando.

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