Cultura

Torta Capixaba é Reconhecida como Patrimônio Cultural e Gastronômico do Espírito Santo

Proposta do deputado Wellington Callegari, aprovada na Assembleia Legislativa, valoriza tradição culinária e fortalece identidade capixaba.

A torta capixaba, um dos pratos mais emblemáticos da culinária do Espírito Santo, acaba de conquistar o reconhecimento oficial como patrimônio cultural e gastronômico do Estado. A Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei 254/2025, de autoria do deputado estadual Wellington Callegari, que eleva a iguaria ao status de símbolo da identidade capixaba. A proposta agora aguarda sanção do governador Renato Casagrande para entrar em vigor.

Tradicionalmente preparada durante a Semana Santa, especialmente na Sexta-feira da Paixão, a torta capixaba é um reflexo da religiosidade popular, da criatividade culinária e da riqueza dos ingredientes locais. Feita com frutos do mar como bacalhau, siri e camarão, além de palmito, urucum e temperos regionais, o prato é finalizado na icônica panela de barro produzida em Goiabeiras — outro patrimônio cultural capixaba.

Para o deputado Callegari, a aprovação do projeto representa mais do que um ato simbólico: “A torta capixaba e a panela de barro são dois importantes símbolos da nossa cultura e merecem destaque no cenário gastronômico nacional e internacional”, afirmou. Ele também destacou o valor histórico e afetivo do prato, ressaltando o trabalho coletivo e comunitário envolvido em seu preparo.

Callegari enfatizou ainda que o reconhecimento supre uma lacuna histórica e fortalece o turismo:

“Ao reconhecer legalmente esse prato, o Poder Legislativo envia ao Brasil o recado de que a culinária capixaba, considerada uma das melhores do país e do mundo, é parte essencial do nosso patrimônio. Isso reforça a identidade do Estado e contribui diretamente com o desenvolvimento turístico e cultural”.

A torta capixaba simboliza não apenas o sabor da terra, mas também o espírito de um povo que valoriza suas raízes, sua fé e suas tradições. Com a sanção da nova lei, o Espírito Santo reafirma seu compromisso com a preservação e valorização de suas expressões culturais.

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