A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) lançou na tarde desta segunda-feira (24) no Palácio Anchieta a 6ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no ES. O documento reúne os mais importantes dados e análises do setor, além de apresentar uma projeção da produção de óleo e gás até 2027.
Segundo o estudo, serão realizados projetos no Espírito Santo, envolvendo principalmente as empresas PRio, Petrobras, Shell e Seacrest Petróleo. Juntos, eles totalizam R$ 8,8 bilhões. O destaque é o projeto Integrado do Parque das Baleias (IPB), que pretende instalar a FPSO Maria Quitéria no campo de Jubarte, localizado no Litoral Sul Capixaba.
“O setor de petróleo e gás natural é de fundamental importância para o nosso Estado, representando 20% da nossa economia. Temos investimentos públicos e privados que vão ajudar no desenvolvimento das regiões, como o recém-inaugurado gasoduto Linhares, da ES GÁS, que fez a interligação da rede de distribuição urbana do município à estrutura de transporte de gás, e o gasoduto ligando São Mateus até próximo de uma indústria de caminhões, mais ao norte do município. Esses são alguns exemplos de ações que estamos acompanhando, entregando e planejando para que o setor possa gerar mais emprego e renda para os capixabas, além de abrir mais oportunidades para nossas empresas”, afirmou o governador Casagrande.
O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, também acompanhou o lançamento do Anuário, uma publicação coordenada pela Findes, por meio do Observatório da Indústria e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPG&E). O documento tem por objetivo reunir dados e informações sobre o setor, bem como prover uma análise para que o segmento seja capaz de subsidiar novos investimentos. “O Estado tem particularidades diferenciadas de modelos de produção que ampliam o leque de exploração. Temos um portfólio que reúne grandes empresas, empresas globais e empresas de menor porte que estão adotando o Espírito Santo para desenvolverem suas atividades e modelos de negócios. Essa variedade é muito positiva. A privatização de campos da Petrobras é uma realidade promissora, que vai permitir ampliar produção e ocupar uma capacidade ociosa. Geração de riqueza que serão retomadas e de oportunidades de trabalho”, lembrou Ferraço.
Na ocasião, a presidente da Federação, Cris Samorini, afirmou que o Anuário – produzido pelo Observatório da Indústria da Findes, com o apoio do Sebrae e do Fórum Capixaba de Petróleo, Gás e Energia (FCPGE), da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip) e do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) – é uma importante ferramenta para traçar um raio-x de um dos principais segmentos econômicos do Estado.
Ainda de acordo com Cris, o Anuário antecipa cenários e apresenta projeções fundamentais para entendermos para onde caminha o segmento de petróleo e gás natural, o que contribui para o desenvolvimento do Estado. “Se formos estratégicos e fizermos um planejamento conjunto – e o Anuário é uma ferramenta muito rica nesse processo – conseguiremos extrair o que o setor tem de melhor hoje, para gerar empregos, renda, atrair mais negócios que diversifiquem as nossas atividades e nos referenciem para o mundo. Hoje, o setor representa 4,6% do PIB capixaba, tendo uma cadeia produtiva composta por mais de mais de 520 indústrias, responsáveis pela manutenção de 12 mil empregos diretos”, aponta a industrial.
Desde a primeira edição (2017), o Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo possui como objetivo o fortalecimento e o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás natural no Estado por meio da análise das mais importantes variáveis do segmento, aliando o rigor técnico e informação estruturada, atualizada e confiável. Esse objetivo é alcançado com a difusão de informações que são capazes de assegurar a confiabilidade e a previsibilidade para a tomada de decisão dos atores, em especial na atração de novos investimentos para o Espírito Santo.
Para além deste investimento, destacam-se, ainda, anúncios de petroleiras e outras empresas que estão interessadas em agregar novas áreas em seus portfólios ou expandir suas atividades no ES. A tabela abaixo apresenta os principais projetos levantados pelo Observatório da Indústria.
Há ainda previsto para o Estado, em um horizonte um pouco mais próximo (até 2026), 18 Programas de Descomissionamento de Instalações (PDI’s) aprovados, sendo que 17 deles são referentes à Bacia do Espírito Santo (todos em terra) e um referente à Bacia de Campos em confrontação com o Estado, a FPSO Capixaba. Para o Espírito Santo, entre 2022 e 2026, o descomissionamento de 751 poços gerará R$ 2,45 bilhões em investimentos no mesmo período, sendo R$ 781,2 milhões na Bacia de Campos e outros 1,66 bilhão na Bacia do Espírito Santo.
Em sua 6ª edição, o Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo reúne os mais importantes dados e variáveis de análises do setor para o Estado. A economista-chefe da Findes, Marília Silva, explica que, o Anuário conta com o apoio de instituições como Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), além de artigos de representantes relevantes do setor. “Desde a primeira edição (2017), o Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo possui como objetivo o fortalecimento e o desenvolvimento da indústria de petróleo e gás natural no Estado por meio da análise das mais importantes variáveis do segmento, aliando o rigor técnico e informação estruturada, atualizada e confiável. Esse objetivo é alcançado com a difusão de informações que são capazes de assegurar a confiabilidade e a previsibilidade para a tomada de decisão dos atores, em especial na atração de novos investimentos para o Espírito Santo”, comenta.
O Anuário on-line pode ser acessado por meio do link: http://findes.online/anuariopeg
Dados e impactos da indústria de óleo e gás para o ES
• Produção de petróleo: 3ª colocação no país.
• Produção de gás natural: 5ª colocação no país.
• Investimentos esperados no setor de petróleo e gás natural no ES até 2027: R$ 8,8 bilhões.
• Projetos de descomissionamento aprovados para a Bacia do Espírito Santo: 18, sendo 17 em terra e um (01) no mar.
• Investimentos previstos para o descomissionamento de 751 poços: R$ 2,45 bilhões.
• Economia: o setor representa 4,6% no PIB capixaba e tem um peso na indústria de 20%
• Arrecadação de royalties e participações especiais em 2022: R$ 3 bilhões.
• Empresas da cadeia produtiva do setor: 527 (5,4% a mais do que o registrado no último anuário).
• Mercado de Trabalho: 12 mil empregos formais (4,4% superior ao registrado no último anuário).
Fontes: ANP, RAIS e MDIC | Elaboração: Observatório da Indústria da Findes
O documento tem versões em português e em inglês, além de um mapa oficial do setor e um Painel com os dados navegáveis. Esses produtos evidenciam a organização do Estado frente aos dados do setor mais representativo da indústria capixaba e colocam o Espírito Santo na vanguarda das discussões que envolvem a conjuntura e a regulamentação do setor em nível regional e nacional, apresentando-se como referência no debate junto com demais estados produtores, como o Rio de Janeiro e São Paulo.