Alerta Médico: Cirurgias Plásticas Combinadas Podem Representar Risco à Saúde
Nos últimos anos, o Brasil se consolidou como um dos líderes mundiais em cirurgias plásticas, atraindo pacientes de diversas partes do mundo em busca de transformações estéticas. Uma tendência crescente nesse cenário é a realização de “combos” de cirurgias plásticas, onde múltiplos procedimentos são realizados em uma única sessão. Apesar da popularidade, especialistas alertam para os riscos associados a essa prática.
O cirurgião plástico Humberto Pinto, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), enfatiza a importância da cautela ao considerar intervenções combinadas. “A realização de múltiplos procedimentos deve ser cuidadosamente analisada. O objetivo muitas vezes é otimizar tempo e reduzir custos, mas não podemos esquecer que cada paciente possui particularidades que precisam ser avaliadas”, ressalta o médico.
Os riscos associados a cirurgias plásticas combinadas incluem desde complicações menores, como hematomas e inchaços, até problemas graves, como tromboses, infecções e complicações respiratórias. “O tempo ideal de cirurgia depende do estado clínico do paciente e das características de cada procedimento”, explica o doutor Humberto, que recomenda uma análise criteriosa antes de qualquer decisão.
A prática mais comum, segundo o especialista, envolve a combinação de lipoaspiração com abdominoplastia ou a colocação de próteses de silicone. Contudo, cada caso é único. “Todos os exames devem ser realizados e a saúde do paciente deve ser priorizada”, afirma.
Não existe um número exato de quantas cirurgias podem ser realizadas simultaneamente. O médico alerta para a necessidade de uma avaliação cuidadosa, com discussões detalhadas sobre as reais necessidades de cada paciente. “É fundamental que o paciente se sinta seguro e bem-informado sobre os riscos e benefícios de cada procedimento”, conclui.
