A luta contra a obesidade vai muito além da determinação individual. É uma batalha que requer ações coordenadas em níveis governamentais para enfrentar as disparidades sociais e econômicas que alimentam essa epidemia global. Segundo um estudo publicado na revista Scientific Reports, até 2030, estima-se que 68% dos brasileiros estarão enfrentando problemas de sobrepeso.
Entretanto, o fardo da obesidade não é igualmente distribuído. “São as mulheres, pessoas negras e aquelas com baixa renda e escolaridade que sofrem de forma desproporcional com essa condição física. Para combater essa realidade preocupante, é imperativo que os gestores de saúde pública adotem medidas abrangentes e eficazes”, destacou a Endocrinologista e médica pós-graduada em Medicina do Esporte, Gisele Lorenzoni.
Segundo ela, medidas como a taxação de alimentos não saudáveis e a implementação de políticas que garantam tempo adequado para atividades físicas são cruciais. “Essas ações não apenas incentivam escolhas mais saudáveis, mas também ajudam a criar ambientes que promovam estilos de vida ativos e equilibrados”, ressaltou ela.
Portanto, é fundamental que o poder público assuma a responsabilidade de enfrentar a obesidade de forma proativa e holística. Somente através de uma abordagem colaborativa e multidisciplinar será possível reverter essa tendência preocupante e garantir um futuro mais saudável para todos os brasileiros.