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Exossomos: o novo queridinho da dermatologia

A dermatologia ganhou recentemente uma nova abordagem terapêutica com o surgimento de substâncias feitas com exossomos. Mas, afinal, o que é isso? São vesículas extracelulares nanométricas provenientes de células-tronco. Essas pequenas estruturas desempenham um papel essencial na regeneração celular e na comunicação entre as células e, por isso, apresentam um grande potencial para tratar problemas de pele e até mesmo queda de cabelo.

De acordo com a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Karina Mazzini, que é uma das primeiras profissionais a trazer a inovação para o estado, “os exossomos ajudam a coordenar a resposta do corpo a lesões e danos celulares, estimulando a regeneração do tecido”. Essa descoberta tem impulsionado a integração da medicina regenerativa com a dermatologia, resultando em tratamentos que não apenas tratam, mas também regeneram a pele.

A medicina regenerativa busca, por meio de terapias avançadas como células-tronco, terapia gênica e engenharia de tecidos, regenerar, reparar ou substituir células, órgãos e tecidos lesados. Os exossomos destacam-se por sua eficiência, apresentando alta absorção e concentração de bilhões de componentes isolados. “Essa característica permite que os exossomos penetrem nas três camadas da pele, o que proporciona um resultado muito mais significativo”, explica a médica.

Da pele ao couro cabeludo

Uma das maiores sensações desta descoberta, é a aplicação dos exossomos para tratamentos de bioestimulação de colágeno. Segundo Karina, “esse tratamento aumenta a produção de colágeno em até 700% e elastina em 300%, e ainda possui propriedades anti-inflamatórias.” A recuperação dessas substâncias naturais da pele é importante para tratar rugas, linhas de expressão e flacidez da pele, uma vez que o colágeno e a elastina – que são as maiores responsáveis por manter a firmeza e elasticidade da pele –  têm sua produção reduzida com o avanço da idade.

O tratamento capilar com exossomos também tem se mostrado eficaz no combate à queda capilar e na melhora da saúde do couro cabeludo. Segundo a especialista, esse tratamento promove a proliferação de células capilares em até 30%, hidratando e nutrindo o couro cabeludo para um cabelo mais brilhante e cheio. “Ele pode ainda ser associado com outros procedimentos capilares, como o Laser de Thulium”.

O uso dos exossomos na dermatologia já é um sucesso em todo o mundo e chegou ao Brasil no final de 2023. Com resultados promissores e uma abordagem inovadora, essas substâncias têm o potencial de revolucionar os tratamentos dermatológicos.

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