Saúde

Uso de substâncias proibidas para cirurgias plásticas têm aumentado

Nos últimos anos, tem crescido de forma preocupante o uso de substâncias proibidas em procedimentos estéticos no Brasil. Especialistas alertam para os riscos à saúde e destacam a importância da escolha criteriosa de profissionais qualificados.

O cirurgião plástico Ariosto Santos enfatiza que a segurança deve ser prioridade na escolha do profissional para qualquer procedimento estético. “Atualmente, há uma preocupação crescente com o que está sendo injetado nos pacientes durante esses procedimentos”, ressalta o médico.

Crescimento dos procedimentos estéticos

Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil lidera o ranking global de cirurgias plásticas, com um aumento significativo na busca por procedimentos que visam aprimorar a estética corporal, especialmente os relacionados aos glúteos.

“A influência das redes sociais e a busca por uma autoimagem idealizada têm impulsionado esse crescimento”, explica Ariosto Santos. No entanto, ele alerta que a facilidade de acesso e a busca por preços mais baixos nem sempre garantem segurança e qualidade nos procedimentos.

Substâncias proibidas e seus riscos

Recentemente, a morte da influencer Aline Maria Ferreira após um procedimento estético para aumento dos glúteos trouxe à tona os perigos associados ao uso indevido de substâncias como o Polimetilmetacrilato (PMMA) e o silicone industrial.

O PMMA, por exemplo, é um material plástico que, segundo a Anvisa, deve ser utilizado apenas em casos específicos, como para correção de irregularidades corporais e em pacientes com lipodistrofia associada ao HIV. “Se utilizado de maneira inadequada, pode resultar em sérias complicações, incluindo inflamações e embolias”, alerta o Dr. Ariosto.

O silicone industrial, que tem finalidades não relacionadas à saúde humana, é ainda mais perigoso. Se injetado no corpo humano, pode causar desde deformações graves até embolia pulmonar, podendo levar à morte.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a proibição do uso dessas substâncias para fins estéticos devido aos riscos à saúde pública. “É fundamental que os pacientes estejam cientes dos materiais utilizados em seus procedimentos e escolham profissionais devidamente capacitados e regulamentados”, destaca o Dr. Ariosto.

Em um cenário onde os procedimentos estéticos se tornam cada vez mais populares, a conscientização sobre os riscos associados ao uso de substâncias inadequadas é essencial. A segurança e a qualidade dos materiais utilizados devem ser priorizadas para garantir resultados estéticos positivos sem comprometer a saúde dos pacientes.

“É importante que os pacientes façam uma pesquisa completa antes de se submeterem a qualquer procedimento estético e que optem por profissionais de confiança, que seguem as normas e regulamentações vigentes”, finaliza o Dr. Ariosto Santos.

Leia também