O Rio Jucu, um dos principais cursos d’água da região metropolitana de Vitória, ganha vida e significado em um novo documentário que explora sua importância cultural e espiritual. O curta-metragem “Corpo-Jucu”, que estreia no próximo domingo, 1 de setembro, às 17 horas, no Café e Bistrô Andorinhas, mergulha na conexão profunda entre o rio e as tradições locais.
Com entrada gratuita, o evento é uma oportunidade única para o público vivenciar a síntese de dança, ancestralidade e natureza. O projeto conta com o apoio do Edital de Artes Cênicas da Secretaria de Cultura do Espírito Santo e promete ser um marco para a valorização das práticas culturais e ambientais da região.
O documentário é fruto de uma Residência Artística realizada em março de 2024, onde os artistas da dança Abayomi, Gracielle Monteiro e Jordan Fernandes exploraram o Rio Jucu como um ser ancestral. O trabalho, conduzido pelo artista e coreógrafo Weber Cooper, faz uso de práticas de Ecoperformance e estudos sobre o Congo Capixaba para capturar a poética, a energia e a dinâmica associadas ao rio.
Weber Cooper, que também dirigiu o projeto, explica que o filme busca refletir a profunda conexão entre o ser humano e o meio ambiente. “O Rio Jucu é um ser ancestral com o qual estamos profundamente conectados. Somos rio! Nos afetamos por sua presença, corporificando estados sensíveis, sutis e em transformação”, afirma Cooper, que ministrou oficinas sobre Ecoperformance durante a residência.
O Congo Capixaba, uma expressão cultural tradicional da região, também desempenha um papel fundamental no documentário. As pesquisas sobre essa prática foram guiadas por Marina Vieira Sampaio, filha de Dona Dorinha, da renomada banda de congo Tambor Jacaranema. As oficinas de dança e musicalidade exploraram como essas tradições podem contribuir para a construção de uma presença autêntica e significativa em relação ao meio ambiente.
O Rio Jucu, além de ser um personagem central no documentário, é vital para a região, abastecendo 25% do estado do Espírito Santo. Sua bacia hidrográfica abrange não apenas Vila Velha e Vitória, mas também Domingos Martins, Marechal Floriano, Viana, Cariacica e Guarapari. A importância do rio transcende o fornecimento de água, refletindo uma profunda conexão com a identidade cultural e espiritual dos habitantes da região.
A estreia de “Corpo-Jucu” promete ser um evento marcante, celebrando a interseção entre a dança, a ancestralidade e o meio ambiente, e convidando todos a refletirem sobre o papel vital que o Rio Jucu desempenha na vida da comunidade. O Café e Bistrô Andorinhas, situado na Rua das Andorinhas, 13, na Barra do Jucu, será o cenário perfeito para essa celebração cultural e artística.