Saúde

Meridional Cariacica Realiza 100º Transplante de Coração

A Rede Meridional Cariacica alcançou um marco significativo na medicina capixaba: no dia 21 de março, o hospital realizou seu centésimo transplante cardíaco, uma conquista que fortalece ainda mais a posição da instituição como referência em transplantes no Estado. O paciente, um homem de 42 anos, estava em estado crítico devido à insuficiência cardíaca avançada, condição que exige a troca do órgão. A cirurgia foi bem-sucedida e o paciente segue em ótima recuperação.

O cirurgião cardiovascular Melchior Luiz Lima, coordenador do setor de transplantes cardíacos da Rede Meridional, destaca que este feito é mais do que um número. “É um marco importante não só para os capixabas, mas para toda a equipe médica. Desde que iniciamos nossas atividades nessa área, em 2003, vimos a evolução e, com isso, conseguimos salvar centenas de vidas”, afirma.

A realização de transplantes cardíacos no Meridional Cariacica tem proporcionado aos pacientes mais do que sobrevida; tem proporcionado uma nova chance de vida. “Com os devidos cuidados, a maioria dos transplantados cardíacos consegue levar uma vida longa, produtiva e com mais qualidade”, explica Lima. Hoje, a fila de espera por um novo coração no hospital é reduzida, com apenas seis pacientes aguardando o transplante, sendo dois deles em estado mais grave.

A redução na fila de espera é reflexo da atuação eficiente do sistema estadual de transplantes, da capacitação constante dos profissionais e da infraestrutura hospitalar de ponta. Lima aponta que a evolução nas campanhas de doação de órgãos também tem sido crucial para que mais pessoas possam ser salvas.

A trajetória do transplante cardíaco no Espírito Santo começou há 22 anos, quando os médicos da Rede Meridional, apesar de desafios e descréditos sobre a capacidade do Estado para realizar esse tipo de procedimento, buscaram aprender com instituições já consolidadas em São Paulo e Rio Grande do Sul. A capacitação desses profissionais e a criação de protocolos resultaram no primeiro transplante cardíaco do Estado, realizado em 2003.

Com o apoio de diversos professores e especialistas, a Rede Meridional se consolidou como um centro de excelência no setor. A constante busca por aprimoramento e o investimento na capacitação da equipe garantiram o avanço dos serviços e o êxito das cirurgias, que vêm se destacando nacionalmente.

Casos emblemáticos como os de Rodrigo Oliveira Jesus, transplantado em 2014, e Márcia Conceição do Nascimento, transplantada em 2017, representam a importância do programa de transplantes. “A trajetória deles é um exemplo da eficácia do programa e da dedicação da nossa equipe”, relembra a cardiologista Daniella Motta. Ela enfatiza que o sucesso do transplante vai muito além da cirurgia; ele depende de acompanhamento contínuo e cuidados intensivos pós-operatórios.

O Meridional Cariacica possui um programa estruturado para o acompanhamento dos pacientes transplantados, com um ambulatório exclusivo e multidisciplinar. “Nosso trabalho não termina no transplante. A manutenção da vida e da saúde dos pacientes é um esforço contínuo”, afirma Daniella.

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