Saúde

Lavar ou não lavar o frango, eis a questão

A proteína mais popular entre os brasileiros pode causar intoxicação

O hábito de lavar o frango com água corrente é comum entre algumas pessoas, no entanto trata-se de um erro que pode aumentar o risco de intoxicação alimentar.

Segundo a nutróloga da Rede Meridional, Sandra Lúcia Fernandes, lavar o frango cru não é uma prática saudável. “Quando se lava o frango cru espalha-se bactérias perigosas como a Salmonella e a Campylobacter para a pia, utensílios e superfícies próximas, por meio dos respingos de água. Mesmo que pareça “limpar”, a lavagem não elimina as bactérias, apenas as distribui no ambiente”, alerta a médica.

Para eliminar as bactérias, o processo correto é fazer o cozimento do frango, atingindo pelo menos 74ºC no centro da carne. Com essa atitude, as bactérias são eliminadas, evita-se a intoxicação e o alimento se torna seguro para o consumo.

Sandra explica que a intoxicação alimentar pelo preparo inadequado do frango acontece na hora da ingestão pela contaminação por micro-organismos como bactérias, vírus e parasitas ou pelas toxinas que o alimento produz. “Os sintomas mais comuns da intoxicação são náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, febre, mal-estar e desidratação, nos casos mais graves”, conta.

Os sintomas podem aparecer em poucas horas ou levar até três dias, após o consumo do alimento contaminado. Nesse sentido, a prevenção ainda é o melhor remédio.

Não lavar carnes cruas (frango, porco, peixe); lavar bem as mãos antes e depois de manusear alimentos; separar alimentos crus e cozidos com o uso de tábuas e utensílios diferentes para cada um dos tipos de alimento; cozinhar bem as carnes, especialmente o frango; manter a refrigeração adequada (abaixo de 5º C para perecíveis) e evitar deixar alimentos prontos fora da geladeira são algumas medidas citadas pela médica para uma refeição saudável e sem riscos.

Leia também