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Família de macacos bugio é flagrada em reserva ambiental de Aracruz.

A espécie se reproduz livremente graças às ações do Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), apoiado pela Suzano.

O que parece um simples passeio pela floresta, na verdade, é fruto de um complexo trabalho de preservação da fauna e da vegetação nativa de Aracruz. Uma família de macacos bugio, formada por macho, fêmea e um filhote, foi vista saltando pelas árvores de uma área de preservação pertencente à Suzano.

Os animais adultos, originalmente, foram acolhidos e reabilitados no Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias) e, em seguida, liberados para viver na reserva da empresa. E para a satisfação dos pesquisadores e profissionais envolvidos nesta ação, o casal da espécie que está ameaçada de extinção conseguiu se reproduzir. O primeiro flagrante da família de macacos bugio aconteceu em novembro de 2022, quando o filhote foi avistado pela primeira vez.

O trabalho de quem resgata ou acolhe animais é árduo e contínuo, mas muitas vezes tem desfechos felizes. O novo registro do trio simboliza o sucesso das iniciativas de recuperação e conservação da fauna e da floresta da região. “Ver que uma espécie ameaçada de extinção está conseguindo se reproduzir, e que o filhote está em desenvolvimento saudável, é muito gratificante. Comprova que a reintrodução está no caminho certo. Espero poder ver novos filhotes em breve”, comenta José da Penha Rodrigues, presidente e responsável técnico do Cereias.

A notícia foi recebida com entusiasmo também na Suzano, empresa que atua na manutenção do local desde que ele existe. “O Cereias existe há quase 30 anos e o trabalho desenvolvido é fundamental para a conservação da biodiversidade e a recuperação de animais que sofrem algum tipo de ferimento ou maus-tratos. Ali eles são reabilitados e muitos podem voltar à natureza, e até se reproduzir, como fez o casal de bugios”, salienta Diomar Biasutti, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano.

Pelo risco de extinção da espécie, o nascimento e o desenvolvimento saudável desse novo integrante na família primata está sendo especialmente celebrado. A instituição e a Suzano também comemoram por se tratar do ‘fruto’ de dois animais acolhidos e tratados no Cereias até serem soltos na natureza. Eles encontraram em áreas da Suzano condições propícias para se reproduzirem.

O Cereias é uma instituição mantida com o apoio de algumas empresas, principalmente a Suzano, que cede a área, as instalações e contribui com recursos para o seu funcionamento. O Centro apoia atividades de conservação da biodiversidade e o combate ao tráfico de animais. É para lá que geralmente são levados animais apreendidos em operações ou que aparecem feridos. No primeiro semestre de 2023, o Cereias recebeu 1.236 animais diversos, entre aves, mamíferos e répteis. Além disso, realizou 960 atividades de soltura de animais ou transferência para outros Estados. Entre os animais que mais chegam ao Cereias estão papagaios, coleiros, corujas, macacos, jabotis, jiboias.

Cachorro do mato que foi acolhido ainda filhote e solto após atingir uma idade adequada.

 

 

 

 

 

Araras, que seriam comercializadas ilegalmente, acolhidas pelo projeto.

 

 

 

 

 

Soltura de jabotis.

 

 

 

 

 

Saiba mais sobre o Cereias

O Cereias fica localizado em uma área de 11,5 hectares, em Barra do Riacho, Aracruz, cedida em comodato pela Suzano, que também é uma das suas mantenedoras. Foi fundado em 1993, com a finalidade de reintroduzir em seu hábitat os animais apreendidos pelos órgãos de fiscalização ou entregues por particulares, e qualificado pelo Ministério da Justiça como OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, uma entidade privada sem fins lucrativos, que sobrevive a partir de doações e subvenções. Além da Suzano, contribuem com a manutenção do Cereias a Evonik, Imetame, Fortes, Komatsu, Estel e Oriundi. A instituição também recebe doações da Frutas Solo, Interfruit, Caliman Agrícola e ICMBio.

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