Política

Cúpula do BRICS em 2025 será no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho

Em anúncio oficial feito neste sábado, 15 de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, revelou que o Rio de Janeiro será a sede da Cúpula do BRICS em 2025. O evento, que ocorrerá nos dias 6 e 7 de julho, reunirá os chefes de Estado dos 20 países integrantes do bloco nas duas categorias existentes: membros plenos e parceiros.

A decisão foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o anúncio foi realizado em conjunto com o prefeito do Rio, Eduardo Paes. “Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o BRICS, tanto os membros plenos quanto os parceiros”, destacou o ministro Mauro Vieira. Ele enfatizou a importância das decisões que serão tomadas durante o encontro, com foco no desenvolvimento, na cooperação e na melhoria das condições de vida dos cidadãos dos países participantes.

Para o prefeito Eduardo Paes, a confirmação do Rio como sede do evento reforça ainda mais a posição internacional da cidade. “O Rio mais uma vez será a capital do mundo. Foi assim no G20, no ano passado, e agora com o BRICS”, afirmou, ressaltando o papel central da cidade em eventos de grande relevância global.

Desde 1º de janeiro de 2025, o Brasil assumiu a presidência do BRICS, um cargo que será mantido até 31 de dezembro do mesmo ano. De acordo com a ministra Paula Barboza, coordenadora-geral da presidência brasileira do BRICS, as duas principais prioridades do Brasil neste período são a reforma da governança global e o fortalecimento da cooperação entre os países do Sul Global.

O BRICS é composto por duas categorias: os membros plenos e os parceiros. Os membros plenos do bloco incluem África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. Estes países participam de todas as reuniões, nas quais as decisões são tomadas por consenso.

Para ser admitido como membro pleno, um país deve atender a uma série de requisitos, incluindo boas relações diplomáticas com todos os membros existentes, apoio ao multilateralismo, ser membro da ONU, não adotar sanções sem autorização do Conselho de Segurança da ONU e se comprometer com a reforma da governança global. Além disso, a manutenção do equilíbrio geográfico do bloco também é uma consideração importante na admissão de novos membros.

A categoria de países parceiros foi criada em 2024, durante a Cúpula de Kazan, na Rússia. Esses países são convidados a participar das reuniões de Chanceleres e de Líderes do BRICS e podem participar de outras reuniões se houver consenso entre os membros. Atualmente, os países parceiros incluem Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Mais de 30 países demonstraram interesse em integrar o BRICS, seja como membros plenos ou como parceiros.

Com a Cúpula de 2025, o Brasil terá a oportunidade de intensificar o diálogo entre as nações emergentes e reforçar sua posição como líder do bloco, promovendo decisões que visam à estabilidade econômica e política global. O Rio de Janeiro, ao receber essa cúpula de alto nível, consolidará sua importância no cenário internacional e se prepara para ser novamente palco de importantes discussões globais.

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