Pode fazer o calor que for que ele estará no dia do brasileiro. O café é a bebida nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo médio anual da bebida no país é de 6,1kg por pessoa, o que equivale a cerca de 83 xícaras de café de 50 ml por mês. A paixão pela bebida faz com que aumente também a procura pelos cafés especiais. Uma estimativa da Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) mostrou que há um aumento anual em torno de 15% no consumo dos grãos especiais somente no cenário doméstico.
O crescimento do consumo no país segue a tendência mundial de aumento do mercado. Um levantamento da empresa Brainy Insights aponta uma estimativa de crescimento global do setor de 12% até 2030. O Espírito Santo se destaca nesse cenário – é o segundo maior produtor de café arábica do país, só atrás de Minas Gerais.
O preparo de um café especial exige cuidados que vão da torra à armazenagem. O especialista em café e fundador da rede de cafeterias Terrafé, Raul Guizelini, explica 5 tópicos fundamentais sobre os cafés especiais.
“Tecnicamente, existem as torras tradicionais, por cor e as torras por perfil, ou seja, torras controladas por computador de forma exata. Sendo assim, no universo dos cafés especiais tem-se exigido o controle máximo da qualidade, torras por perfil, no qual potencializamos os sabores e doçuras do café”, diz Raul.
Ele explica que a torra mais clara resulta em um café com sabor mais complexo e acidez brilhante, com amargor bem reduzido. Já a torra média busca o equilíbrio em todas as características, enquanto a torra mais escura torna o café mais achocolatado, encorpado. Porém, com a caramelização mais acentuada, o amargor pode-se ganhar destaque. Tudo depende do objetivo do café e do modo em que será servido, filtrado ou espresso.
Raul explica que na Terrafé há quatro métodos para apreciar cafés especiais: hario V60, aeropress, chemex e prensa Francesa.
Para um café intenso e bem encorpado, o ideal é o método da prensa francesa, fácil de agradar a paladares ainda não familiarizados com os cafés especiais. Para um café equilibrado, uma boa opção é o hario V60. Com o método aeropress, prepara-se um café filtrado com características de ligeiramente mais acentuadas. Já o chemex produz um café suave, mais leve, porém muito aromático.
“A água é um elemento essencial no preparo de um café especial, pois representa cerca de 98% da bebida. A qualidade e as características da água podem afetar significativamente o sabor final do café, uma água com alta concentração de minerais ou impurezas pode deixar o café com um sabor desagradável ou prejudicar a extração adequada dos sabores e aromas desejados”, diz o especialista em café.
Ele destaca, ainda, que a água filtrada ou mineral de qualidade pode ressaltar as características do café e realçar seu sabor e aroma. “Portanto, é recomendado utilizar água de qualidade e com a quantidade correta de minerais na preparação do café especial”, resume.
“A temperatura ideal da água para fazer café varia de acordo com o método de preparo utilizado”, explica Raul. Em geral, ele diz, para os métodos como a prensa francesa e o hario v60, a temperatura ideal da água é entre 92°C e 96°C. “O ideal é utilizar um termômetro, mas em casa a sugestão é deixar a água ferver e aguardar alguns minutinhos para passar seu café”, diz.
O especialista em café explica que a melhor opção para guardar o café depois de aberto é mantê-lo na embalagem, apertar e remover o máximo de ar possível e fechá-lo.
“Pode-se utilizar o próprio ziplock de algumas embalagens, ou colocar em um recipiente hermético, como um pote de vidro com tampa. Além disso, evite armazenar o café na geladeira, pois a umidade e os odores fortes podem afetar o sabor do café. Em vez disso, mantenha o café em temperatura ambiente em um local fresco e seco, longe de fontes de calor, luz solar direta e umidade”, afirma Raul.
Consumo de cafés especiais cresce 15% no Brasil: cinco coisas que você precisa saber sobre esse delicioso universo
Pode fazer o calor que for que ele estará no dia do brasileiro. O café é a bebida nacional. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo médio anual da bebida no país é de 6,1kg por pessoa, o que equivale a cerca de 83 xícaras de café de 50 ml por mês. A paixão pela bebida faz com que aumente também a procura pelos cafés especiais. Uma estimativa da Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) mostrou que há um aumento anual em torno de 15% no consumo dos grãos especiais somente no cenário doméstico.
O crescimento do consumo no país segue a tendência mundial de aumento do mercado. Um levantamento da empresa Brainy Insights aponta uma estimativa de crescimento global do setor de 12% até 2030. O Espírito Santo se destaca nesse cenário – é o segundo maior produtor de café arábica do país, só atrás de Minas Gerais.
O preparo de um café especial exige cuidados que vão da torra à armazenagem. O especialista em café e fundador da rede de cafeterias Terrafé, Raul Guizelini, explica 5 tópicos fundamentais sobre os cafés especiais
“Tecnicamente, existem as torras tradicionais, por cor e as torras por perfil, ou seja, torras controladas por computador de forma exata. Sendo assim, no universo dos cafés especiais tem-se exigido o controle máximo da qualidade, torras por perfil, no qual potencializamos os sabores e doçuras do café”, diz Raul.
Ele explica que a torra mais clara resulta em um café com sabor mais complexo e acidez brilhante, com amargor bem reduzido. Já a torra média busca o equilíbrio em todas as características, enquanto a torra mais escura torna o café mais achocolatado, encorpado. Porém, com a caramelização mais acentuada, o amargor pode-se ganhar destaque. Tudo depende do objetivo do café e do modo em que será servido, filtrado ou espresso.
Raul explica que na Terrafé há quatro métodos para apreciar cafés especiais: hario V60, aeropress, chemex e prensa Francesa.
Para um café intenso e bem encorpado, o ideal é o método da prensa francesa, fácil de agradar a paladares ainda não familiarizados com os cafés especiais. Para um café equilibrado, uma boa opção é o hario V60. Com o método aeropress, prepara-se um café filtrado com características de ligeiramente mais acentuadas. Já o chemex produz um café suave, mais leve, porém muito aromático.
“A água é um elemento essencial no preparo de um café especial, pois representa cerca de 98% da bebida. A qualidade e as características da água podem afetar significativamente o sabor final do café, uma água com alta concentração de minerais ou impurezas pode deixar o café com um sabor desagradável ou prejudicar a extração adequada dos sabores e aromas desejados”, diz o especialista em café.
Ele destaca, ainda, que a água filtrada ou mineral de qualidade pode ressaltar as características do café e realçar seu sabor e aroma. “Portanto, é recomendado utilizar água de qualidade e com a quantidade correta de minerais na preparação do café especial”, resume.
“A temperatura ideal da água para fazer café varia de acordo com o método de preparo utilizado”, explica Raul. Em geral, ele diz, para os métodos como a prensa francesa e o hario v60, a temperatura ideal da água é entre 92°C e 96°C. “O ideal é utilizar um termômetro, mas em casa a sugestão é deixar a água ferver e aguardar alguns minutinhos para passar seu café”, diz.
O especialista em café explica que a melhor opção para guardar o café depois de aberto é mantê-lo na embalagem, apertar e remover o máximo de ar possível e fechá-lo.
“Pode-se utilizar o próprio ziplock de algumas embalagens, ou colocar em um recipiente hermético, como um pote de vidro com tampa. Além disso, evite armazenar o café na geladeira, pois a umidade e os odores fortes podem afetar o sabor do café. Em vez disso, mantenha o café em temperatura ambiente em um local fresco e seco, longe de fontes de calor, luz solar direta e umidade”, afirma Raul.
Por fim, Raul destaca que o ideal é consumir o café o mais rápido possível após a abertura do pacote, para garantir o melhor sabor e aroma possíveis.