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Cantor e compositor Igor Colombo lança álbum autoral no Palácio da Cultura Sônia Cabral

O cantor e compositor Igor Colombo, de 25 anos, traz novos ares à MPB produzida no Espírito Santo, com o lançamento do seu primeiro álbum, “Saudade Solar”. O trabalho reúne 12 composições de sua autoria, com referências diversas que perpassam o Clube da Esquina, a Tropicália, The Beatles e Frank Zappa. O álbum chega às plataformas digitais na próxima sexta (10) e terá estreia nos palcos em 15 de maio, às 20h, quando o músico fará uma apresentação no Palácio da Cultura Sônia Cabral, em Vitória, acompanhado por sua banda. A entrada é gratuita.
Igor Colombo conta que a inspiração para o trabalho partiu do luto pela morte do pai em 2019. Do sentimento de saudade nasceram as 12 canções do álbum, que expressam a resiliência do compositor diante da ausência de um ente querido e a necessidade de seguir a vida em frente.
“Saudade Solar é uma viagem entre emoções complexas que buscam expurgar tudo aquilo que foi sentido nos últimos quatro anos”, afirma Igor. Ele cita como exemplo a música “Deixa fluir”, canção com influência de Lô Borges que mescla o sentimento do luto com as vivências provocadas pela pandemia da Covid-19. “Em ambos os casos, gostaríamos de estar perto das pessoas que amamos, mas temos que aceitar o fato de que não podemos vê-las, e a coisa mais saudável a se fazer nesses momentos é aceitar, deixar a vida fluir e deixá-la nos levar a novas experiências”, descre ve o compositor.
Além dos laços afetivos, a homenagem ao pai se estende à influência musical. “Meu pai, Horácio, era um músico amador que sempre participou de bandas que tocavam músicas da Jovem Guarda, The Ventures e similares. Ele também foi um compositor com um número considerável de canções”, comenta Igor. “Posso considerá-lo como minha primeira referência musical, juntamente com o meu irmão mais velho, Renan Simões, que seguiu carreira acadêmica e hoje é professor de música da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)”, observa.< /span>
Progressivo
Gravado no Estúdio da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), “Saudade Solar” revela um compositor que preza pelo cuidado com as letras, melodias e arranjos das canções. Acompanhado por instrumentos de cordas dedilhadas, sopros, teclados e percussão, Igor Colombo transita por diferentes ritmos, flertando com o rock progressivo e o jazz, porém sempre com a base fincada na MPB.
Ao longo do álbum, chamam a atenção o jazz-rock “O Amanhã não será meu”, o clima etéreo de “Sorte no caminho” (que bebe na fonte do “Trem azul” de Lô Borges e Ronaldo Bastos) e a balada soul “Vou dizer”, que emula Djavan e as canções easy listening de vocação radiofônica.
Formação
Essa versatilidade é, provavelmente, fruto de sua formação acadêmica – ele é graduado em Licenciatura em Música pela Ufes – e de suas referências musicais diversas, que incluem Caetano Veloso, Gilberto Gil e Djavan, no estilo de interpretação; David Bowie, Beto Guedes, Elliot Smith e Frank Zappa, nas melodias e progressões harmônicas; e Moacir Santos e Frank Zappa, nos arranjos. “Na forma de organizar as palavras, acentuação e tipo de rima, muito do que ouvi de rap (principalmente Criolo, BK e Exu do Blues) me ajudou a construir coisas que acredito serem ritmicamente interessantes”, acrescenta Igo r.
Para o show de lançamento de “Saudade Solar”, no dia 15 de maio, Igor Colombo prepara um repertório composto por todas as músicas presentes no álbum, incluindo os singles “Cataquiporá” e “Doce Terra”, já disponíveis nas plataformas digitais. “Prefiro fazer shows em espaços interessantes e que proporcionem uma apresentação de qualidade. É o caso do Palácio da Cultura Sônia Cabral. Será uma noite especial”, vislumbra.

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