Uma nova pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, em parceria com a área de cafés da Nestlé, revela que, embora a compostagem desperte curiosidade, a prática ainda é rara entre os brasileiros. O estudo, que entrevistou 1.000 pessoas em todo o país, destaca um descompasso significativo entre o conhecimento teórico sobre compostagem e sua aplicação no dia a dia.
A pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros ainda não tem uma compreensão profunda sobre compostagem. Dos entrevistados, 81% dos que não conhecem a prática nunca viram uma composteira, e 79% não conhecem ninguém que faça compostagem. No entanto, 83% dos entrevistados expressaram interesse em aprender mais sobre o assunto, sugerindo um potencial para a expansão da prática com a educação adequada.
Entre os que têm algum conhecimento sobre compostagem, a maioria são mulheres (54%) e pertencem às classes sociais AB. A região Sul do Brasil apresenta o maior percentual de conhecedores, com 56%, enquanto o Norte registra o menor índice, com 42%. Embora mais de metade dos conhecedores de compostagem já tenha praticado ou ainda pratique a compostagem, a adesão efetiva ainda é limitada.
Um dos principais obstáculos para a adoção da compostagem é a percepção de que o processo é complicado e requer muito espaço. Mais de 60% dos entrevistados acreditam que o governo deve liderar as iniciativas de preservação ambiental, enquanto 42% acham que as empresas privadas devem tomar a dianteira em sustentabilidade. Esta falta de informação e o medo de uma manutenção excessiva contribuem para a baixa taxa de prática efetiva.
A Nestlé, com sua marca NESCAFÉ® Dolce Gusto NEO, está tentando enfrentar esses desafios. Em 2022, a empresa lançou a primeira cafeteira que utiliza cápsulas compostáveis, feitas de papel certificado pela organização FSC e um polímero biodegradável. Essas cápsulas prometem se decompor em cerca de seis meses, similar às cascas de frutas, ajudando a reduzir o impacto ambiental.
Cecilia Seravalli, Gerente de ESG de Cafés Nestlé, enfatiza a importância de desmistificar a compostagem e aumentar a educação sobre a prática. “Percebemos que existem muitos mitos sobre compostagem, especialmente para quem vive em espaços menores. É crucial oferecer informações claras para que as pessoas possam adotar práticas mais sustentáveis com confiança,” afirma Seravalli.
Além da inovação em cápsulas compostáveis, a Nestlé Brasil se compromete a melhorar suas práticas de ESG (Environmental, Social, and Governance), com metas de obter 30% de suas matérias-primas de propriedades que aplicam práticas regenerativas até 2025. A empresa também pretende reduzir o uso de plástico virgem em suas embalagens e garantir que todas sejam recicláveis ou reutilizáveis.