Educação privada capixaba são premiadas pelo Sinepe/ES

Na foto o Ensino superior em Primeiro  lugar – UVV

Projetos que vão além da sala de aula, impactam comunidades, fortalecem valores sociais e promovem sustentabilidade marcaram a 17ª edição do Sinepe em Ação, premiação que reconhece as melhores práticas da educação privada no Espírito Santo. O evento reuniu instituições de ensino de todo o Estado e foi realizado durante a confraternização do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe/ES), no Le Buffet Master, em Vitória.

Neste ano, os vencedores de 2025 mostraram que a inovação educacional, quando aliada ao propósito social, tem força para transformar realidades. As iniciativas premiadas contemplaram as categorias Educação Infantil, Educação Básica e Ensino Superior, com projetos que beneficiaram alunos, famílias, comunidades e o meio ambiente.

Na Educação Infantil, o projeto “É para cuidar. É para salvar! Fauna e flora brasileira”, da escola Idade Criativa, conquistou o 1º lugar. A iniciativa surgiu a partir da curiosidade e sensibilidade das próprias crianças diante das notícias sobre incêndios florestais no país, promovendo pesquisas, visitas pedagógicas e atividades interdisciplinares voltadas à preservação ambiental.

A diretora pedagógica, Alessandra Salazar Paganoto, celebrou a conquista com emoção e destacou o protagonismo dos pequenos. Segundo ela, o reconhecimento reflete o empenho coletivo e o olhar atento da equipe pedagógica para transformar o interesse infantil em aprendizado significativo.

Também em 1º lugar na categoria, o Centro Educacional Mundo do Saber foi premiado com o projeto “Cada parte conta: Do aproveitamento ao combate à fome”. A proposta uniu educação alimentar, sustentabilidade e solidariedade, com ações voltadas ao uso integral dos alimentos e à redução do desperdício, envolvendo oficinas, rodas de conversa e campanhas solidárias.

O 2º lugar ficou com o Centro Educacional Viver, com o projeto “Viver capixaba e a apreciação da nossa biodiversidade”, enquanto o 3º lugar foi conquistado pelo Mundo Ciranda Educação Infantil, com a iniciativa “Sentimentos e virtudes na infância”.

Na Educação Básica, o destaque foi o Colégio Marista Colatina, vencedor com o projeto “Repelente natural de citronela — Solidário e sustentável”. A ação mobilizou cerca de 350 estudantes e colaboradores no cultivo da citronela, produção de repelentes naturais e distribuição para famílias em situação de vulnerabilidade social, unindo saúde pública, sustentabilidade e protagonismo juvenil.

O diretor-geral da instituição, José Leonardo dos Santos Borba, ressaltou que o reconhecimento reforça o compromisso da escola com a formação integral dos estudantes e com a responsabilidade socioambiental.

O 2º lugar ficou com a Fundação São João Batista, com o projeto “#EmpatiaEmAção: Por uma escola sem bullying”. Já o 3º lugar foi conquistado pela Escola da Ilha, com “Atualidades: Sintonia entre estudante, escola e o mundo real”.

No Ensino Superior, a vencedora foi a Universidade Vila Velha (UVV), com o projeto “Cinema Comunitário no Instituto GG5”. A iniciativa implantou um cinema comunitário no bairro Terra Vermelha, que hoje funciona como espaço cultural e de convivência, recebendo oficinas, eventos e apresentações artísticas, contribuindo para o desenvolvimento social e urbano da região.

A reitora da UVV, Denise Coutinho Endringer, destacou que o projeto reafirma o compromisso da universidade em transformar conhecimento em inovação social, com impacto direto na comunidade.

O 2º lugar foi dividido entre a Emescam, com o projeto “Sal e Luz”, e a UNESC, com “Núcleo Rondon: a extensão universitária transformando comunidades”. O 3º lugar ficou novamente com a Emescam, por meio do projeto “Juntos pela Mama”.

Na categoria Hors Concours, destinada a projetos já premiados três vezes e que retornam com inovações, o destaque foi o Instituto de Pesquisas Educacionais (IPE), com a iniciativa “Árvore do Consumo Consciente”. Há 15 anos, o projeto forma agentes ecológicos, promove cidadania e reforça a responsabilidade ambiental.

Para o presidente do Sinepe/ES, Moacir Lellis, o prêmio evidencia o poder transformador da educação privada capixaba. Segundo ele, as iniciativas apresentadas mostram o compromisso das instituições com a formação de cidadãos críticos, criativos e socialmente responsáveis.

Lellis destacou ainda que os 162 projetos inscritos nesta edição serão encaminhados à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), onde servirão de base para uma ampla pesquisa sobre práticas educacionais inovadoras no Estado, ampliando o impacto e a visibilidade das ações desenvolvidas pelas escolas particulares capixabas.