Saúde

Fibrose cística exige diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo

A fibrose cística é uma doença genética que compromete principalmente os pulmões e o sistema digestivo. O diagnóstico precoce e o acompanhamento contínuo são fundamentais para identificar os sinais da condição e garantir que os pacientes tenham acesso a cuidados que favoreçam uma melhor qualidade de vida.

Entre os sinais mais comuns estão a tosse crônica, infecções respiratórias frequentes, dificuldade para ganhar peso e presença de fezes com sinais de gordura. O reconhecimento desses sintomas pode ser determinante para iniciar o tratamento o quanto antes, favorecendo uma evolução clínica mais positiva.

O médico pneumologista e alergista pediátrico da Unimed Sul Capixaba, Mauricio Cade, explica que a abordagem terapêutica precisa ser feita de forma integrada, envolvendo diferentes áreas da saúde. “O acompanhamento deve ser multiprofissional, com médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas. O tratamento adequado ajuda a reduzir complicações, melhora a qualidade de vida e aumenta a expectativa de vida dos pacientes”, destaca.

Ele acrescenta que os avanços nos protocolos de cuidado e o acesso a medicamentos específicos têm ampliado as perspectivas de quem convive com a doença. “Hoje existem medicamentos moduladores da proteína CFTR que estão transformando a qualidade de vida de alguns pacientes ao reduzir a necessidade de oxigênio, diminuir o uso de antibióticos e reduzir internações. Essas terapias, embora eficazes e capazes de provocar melhorias significativas, são indicadas apenas para pacientes com mutações genéticas específicas, o que representa uma mudança importante na vida dos pacientes com fibrose cística”, detalha o especialista.

Ele lembra que a triagem neonatal, por meio do teste do pezinho, é uma ferramenta fundamental. “Quando a fibrose cística é identificada logo nos primeiros dias de vida, conseguimos iniciar o tratamento precoce e oferecer mais chances de desenvolvimento saudável”, ressalta.

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