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Agricultura Capixaba em Estado de Alerta Hídrico

Agricultura Capixaba sob Estado de Alerta Hídrico: Desafios e Medidas de Adaptação

O Espírito Santo enfrenta um período crítico em relação à disponibilidade hídrica. Desde abril, a estiagem tem afetado a vazão dos rios e córregos, levando o Governo do Estado a declarar um Estado de Alerta sobre a situação hídrica. Publicada no Diário Oficial em 18 de setembro, a resolução estipula restrições que impactam tanto a indústria quanto a agricultura, áreas essenciais para a economia capixaba.

A resolução determina uma redução de 20% no volume diário de água destinado à irrigação agrícola. Além disso, os produtores são orientados a irrigar em horários de menor evaporação, como no início da manhã e no final da tarde, para maximizar a eficiência do uso da água. As captações para consumo industrial e agroindustrial devem ser reduzidas em 25%.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, os agricultores capixabas têm se preparado para esse cenário. Mais de 80% das propriedades utilizam sistemas de irrigação localizada, como microaspersão e gotejamento. “Os agricultores já enfrentaram uma situação semelhante no ano passado e, novamente, precisamos da colaboração de todos para garantir o abastecimento de água”, afirmou Bergoli.

Apesar das restrições, algumas atividades agrícolas estão isentas das limitações. Irrigações de hortaliças em áreas de até dois hectares, cultivos em estufas com sistemas de irrigação eficiente, e a produção hidropônica não sofrerão as reduções impostas pela resolução. Essa medida busca proteger a produção de alimentos e garantir a sustentabilidade da agricultura capixaba.

Os proprietários de barragens também têm responsabilidades sob a nova resolução. Devem manter as estruturas de controle de água em funcionamento adequado, garantindo uma vazão mínima de 50% nos rios a jusante. As instituições de fomento e crédito agrícola foram orientadas a suspender operações para novos sistemas de irrigação, exceto para aqueles que promovem tecnologias mais eficientes.

A situação hídrica no Espírito Santo requer ação coletiva e consciente. A colaboração dos agricultores é crucial para a mitigação dos impactos da estiagem. “Estamos todos juntos na missão de superar esse desafio e manter a qualidade da agropecuária capixaba”, conclui Bergoli. As próximas semanas serão determinantes para o futuro da agricultura no estado, e as práticas adotadas agora poderão moldar o cenário para a produção agrícola no longo prazo.

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