O Ibovespa hoje (16) demonstrou uma resiliência notável ao manter-se em alta, mesmo em meio a quedas nas bolsas de Nova York. Esse desempenho é impulsionado principalmente pelo vigor das ações da VALE3 e da PETR4, refletindo um cenário positivo nos setores de mineração e petróleo. Além disso, a notícia do Fies Social para financiamento de cursos superiores impulsionou as ações de empresas de educação, contribuindo para a tendência de alta.
Contudo, o mercado brasileiro continua sensível às notícias e eventos internacionais, particularmente em relação à política monetária nos EUA, o que pode continuar a moldar seus movimentos nos próximos dias.
Câmbio
O desempenho do dólar hoje (16) foi marcado por uma jornada de volatilidade, refletindo as oscilações nos mercados internacionais e as reações aos dados econômicos dos Estados Unidos. Inicialmente, a moeda norte-americana começou o dia praticamente estável, com uma leve queda de 0,01%, cotada a R$ 4,9717. No entanto, durante a manhã, o dólar registrou uma nova máxima intradia, atingindo R$ 4,9883, com uma alta de 0,40%. Esse movimento foi impulsionado pela ampliação dos ganhos dos Treasuries após a divulgação de dados de inflação ao produtor nos EUA, que superaram as expectativas, aumentando as chances de um início de corte de juros pelo Fed em junho.
Esses dados econômicos dos EUA também trouxeram pressão ao mercado brasileiro, especialmente ao Copom, que pode precisar rever o tamanho do ciclo de corte da Selic neste ano. Em meio a esses movimentos, o dólar à vista acabou operando em queda de 0,18% no período da tarde, sendo cotado a R$ 4,959.
*Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício. O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.