Outubro Rosa: A Importância do Cuidado com a Pele Durante o Tratamento do Câncer de Mama
O mês de outubro é marcado pela campanha Outubro Rosa, um movimento mundial que busca conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, que, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil. Além de alertar para a detecção precoce, a campanha também traz à tona a necessidade de cuidados específicos durante o tratamento da doença.
O Dr. José Roberto Fraga Filho, dermatologista e diretor clínico do Instituto Fraga de Dermatologia, destaca que não existe um único fator de risco para o câncer de mama, mas a idade acima dos 50 anos é um dos mais significativos. “A prevenção começa com o autoexame, que deve ser realizado mensalmente a partir dos 20 anos. É fundamental que as mulheres fiquem atentas a sinais como nódulos palpáveis, alterações na pele e secreções pelo mamilo”, afirma.
Os tratamentos para o câncer de mama podem incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia, cada um com suas particularidades. A quimioterapia utiliza drogas injetadas que visam combater as células cancerígenas, mas pode causar efeitos colaterais como ressecamento e descamação da pele, além da conhecida queda de cabelo, chamada Eflúvio Anágeno.
Por outro lado, a radioterapia atua de forma localizada, utilizando radiações ionizantes para eliminar células malignas. No entanto, a quase totalidade dos pacientes sofre com queimaduras superficiais, conhecidas como radiodermite, que podem resultar em escurecimento da pele.
Durante o tratamento, o papel do dermatologista se torna fundamental. O Dr. Fraga ressalta que a hidratação adequada da pele é essencial para minimizar o desconforto. “Recomendamos a ingestão de 2 a 3 litros de água por dia, além do uso de cremes e óleos hidratantes. É importante evitar banhos quentes e prolongados, que podem agravar a desidratação”, orienta.
Embora o câncer de mama não esteja diretamente relacionado à exposição solar como o câncer de pele, o Dr. Fraga alerta que durante o tratamento, a pele fica mais vulnerável e a exposição excessiva ao sol deve ser evitada. “A pele já está com suas defesas comprometidas, e isso pode aumentar o risco de câncer de pele no futuro”, conclui.