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Servidores lançam edital de Greve

Centenas de servidores das três esferas do poder público estiveram presentes na Assembleia Geral Unificada, em frente ao Palácio Anchieta, na manhã desta segunda-feira, 6 de maio.
A insatisfação da categoria com o baixo índice oferecido pelo governador Renato Casagrande foi tamanha que nem mesmo o tempo chuvoso atrapalhou a mobilização.
Os representantes das entidades sindicais presentes se revezaram no microfone demonstrando a importância da valorização e cobrando o diálogo com o governo para aumentar o índice, garantindo isonomia ao reajuste do governador e seu vice Ricardo Ferraço, que irão receber 12%.
Apesar das entidades terem solicitado uma reunião com o governo no Palácio Anchieta, o que tiveram foram as portas fechadas, impedindo, mais uma vez, o diálogo.
Ao final do ato, foi deliberado pela categoria presente a manutenção da mobilização com a ida à Assembleia Legislativa na tarde desta segunda-feira (6), a partir das 14h, e a convocação de uma nova Assembleia Geral Unificada que pode encaminhar por movimento paredista por parte dos servidores.
“Mais uma vez o governador desrespeita a categoria, estamos na luta com as diversas entidades reunidas. Não iremos descansar enquanto o governador não nos respeitar. Queremos isonomia. É um absurdo que o governo se negue a negociar um índice de recomposição das perdas de 14,38%. Um estado superavitário, que tem receita e está dentro dos limites da responsabilidade fiscal, não há justificativa para não melhorar esse reajuste” comentou Iran Caetano, presidente do Sindipúblicos.
Diversos servidores manifestaram sua insatisfação com a política de desvalorização imposta pelo governo.
“Os aposentados estão perdendo ainda mais do que os da ativa. Estamos aqui lutando pelos nossos direitos. Governador, pague o que deve!” cobrou a professora aposentada, Nilza Ney.
“Estamos na luta por uma causa só. Esses 4,5% são vergonhosos. Hoje, o Incaper passa por muitas dificuldades. Lá na fazenda em Linhares temos dificuldades com estrutura, falta de EPIs, falta de servidores. São várias demandas que o governo não nos atende e ainda vem com esses 4,5%. Não tem como ter motivação”, comenta Conceição, servidora do Incaper.
“Estamos lutando pela valorização salarial, mas também por um serviço público de qualidade e para isso o servidor precisa ser valorizado. Estamos sofrendo grandes perdas. No Iema tivemos aprovado a Lei da Destruição Ambiental e agora esse reajuste de 4,5%, abaixo da inflação que ainda precariza mais o serviço público. Em defesa do meio ambiente, dos serviços públicos e da sociedade” defende João Paulo Oliveira, servidor do Iema.
“Trabalhamos como os demais trabalhadores. Essa defasagem vem prejudicando todo o funcionalismo público. Queremos o justo, nada demais. Queremos nossa reposição salarial. O governo precisa cumprir o que fala, que ele valorize o funcionário público” cobra Sérgio Contti, servidor da RTV-ES.
Já Marcela Neves, servidora da Seger também esteve na Assembleia para “lutar pela valorização dos servidores, por um reajuste salarial que realmente condiz com a nossa realidade”.
“É difícil entender a conta do governador que se nega a dialogar com os trabalhadores e apresenta um projeto de reajuste de 12% para ele e apenas 4,5% para o servidor. Cobramos o diálogo, que o governo apresente uma proposta de recomposição salarial, uma vez que o Estado do Espírito Santo, é nota A”, destaca o professor de geografia e diretor do Sindiupes, Ildebrando Paranhos.
AGU_toda_base_13_05_2024 – possibilidade de greve

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