O Saúde em Fórum – “Conectando Quem Produz Saúde” – Etapa Espírito Santo é um evento pioneiro na reunião da cadeia produtiva do setor da saúde no estado que tem como objetivo conectar diferentes atores do setor, fomentar debates, triangulando diferentes pontos de vista na busca de diálogo, parcerias, ideias e soluções que visem à melhora da saúde da população a partir de melhorias no setor como um todo.
A proposição e realização do Fórum pela AS Consultoria, contam com a Direção Executiva de sua CEO, Alice Sarcinelli. Alice é Profa MSc. PhD. do Depto Medicina Social da Universidade Federal do Espírito Santo, Sócia Fundadora e Diretora Presidente do Centro Médico Shopping Vitória. AS Consultoria é uma empresa capixaba atuante na proposição, desenvolvimento e execução de projetos na área da saúde com ênfase no apoio aos profissionais e no fomento aos negócios.
Na organização do evento também atuam Anna Paula Oliveira, Diretora de inovação, Especialista em Gerenciamento de projetos e processos e Líder em Inovação no Hugb – Grupo Buaiz e Dr. Luiz Sobral Vieira Junior, Diretor Científico. Sobral é Doutor em Ginecologia e Mastologia, Prof. Depto de Ginecologia e Obstetrícia da UFES, empresário e atuou como superintendente do Hospital das Cínicas da UFES.
Alice Sarcinelli destaca que a visão do evento é ser referência na promoção do diálogo, fortalecimento de parcerias e na geração de valor para o ecossistema da saúde. “Pautado nos valores da Integração, do diálogo, da colaboração, da inovação, do conhecimento e da sustentabilidade. Seu propósito é conectar, a partir de conteúdo, networking e colaboração, quem produz, contrata, forma, fornece, inova e investe no setor da saúde no estado do Espírito Santo”, destaca a CEO da AS Consultoria.
O Evento contará com duas edições no ano de 2023, sendo a 1ª em agosto, no Centro de Convenções de Vitória e a 2ª em outubro, com interface nas Competições Senac de Educação Profissional, na Praça do Papa.
PÚBLICO-ALVO, DESTAQUES E DIFERENCIAIS
A 1ª Edição do Fórum será um evento corporativo exclusivo somente para 300 convidados (150 pela manhã e 150 pela tarde): na plateia: CEOs e Investidores das grandes instituições privadas e públicas da área da saúde, presenteados com informações privilegiadas:
• Apresentação de resultados de pesquisas de mercado inéditas e exclusivas para este evento, com dados de 11.311 empresas todo setor, incluindo as micro e pequenas (que representam 88% do setor) e das maiores empresas da área da saúde do estado.
• Palestras conduzidas por experts do SENAC/ES e SEBRAE/ES com apresentação do Planejamentos Estratégicos de Empresas e Instituições da área da saúde que buscam conexões para solução dos seus entraves.
• Apresentação de Cases de inovação e fomento na área da saúde: hubs, healthtecs, ações e projetos.
• Conferências Nacionais discutindo dados e desenho de cenários Regional e Nacional, entraves e perspectivas do setor da Saúde com Dr José Luiz Toro da Silva, representando a UNIDAS Nacional (União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde) e com Fátima Pinho (Sócia de Life Sciences & Health Care – Deloitte.
• Palestra Internacional com Prof. Dr. Robert Janett, Professor da Harvard Medical School e médico consultor em Atenção Primária nos EUA, América Latina e Ásia.
O Networking será ponto focal durante o Café conexão com os players em dois momentos, nos turnos da manhã e tarde.
No Brasil, o setor da saúde está passando por um grande processo de consolidação, a exemplo do que acontece nos Estados Unidos há mais tempo. Com 150 transações em 2021 que movimentaram mais de R$20 bilhões, o mercado de saúde é o setor com mais movimentações nos últimos anos, reunindo as maiores operações de compras de empresa na economia brasileira. Esse aquecimento do ramo pode ser sentido nas healthtechs. 44,7% das startups possuem 2 anos ou menos de existência, demonstrando o aumento do interesse e das oportunidades em saúde (Fonte: Abstartups, 2022). O país contava com 542 healthtechs em 2020, subindo rapidamente para 1.158 em 2021, uma tendência que deve se seguir (Fonte: Futura, 2022).
Um panorama de cursos e vagas de graduação em medicina, entendido como exemplificador do que ocorre ou deveria ocorrer na cadeia produtiva como um todo, inclusive na área técnica, também aponta grande crescimento em dez anos: de 2013 a 2022, registrou-se a maior expansão do ensino médico da história do Brasil. Em 2022 o país contava com 389 escolas médicas que, juntas, ofereciam 41.805 vagas de graduação. Desse total, 23.287 novas vagas foram abertas de 2014 em diante, após a Lei Mais Médicos entrar em vigor. O aumento foi quase quatro vezes maior do que o registrado entre 2003 e 2012, quando foram autorizadas 5.990 novas vagas. Em todo o período anterior a 2003, desde a abertura da primeira escola médica no Brasil, em 1808, o total de vagas de graduação chegou a 12.528.
Trazendo a análise para o estado do Espírito Santo, Vitória – ES é uma Capital em que a concentração de profissionais de alta renda faz dos serviços a verdadeira vocação econômica, dentre eles os serviços de saúde (Fonte: Revista Exame, 2015). É também a cidade com a maior concentração de médicos (razão de médicos por 1 mil habitantes de 14,49) e dentistas do Brasil, um país que concentra 20% de todos os dentistas do mundo (Fonte: CFO, 2023). Tal concentração é um retrato local do que acontece no país como um todo, no qual a quantidade de médicos dobrou desde 2000. Em 2010 a razão brasileira de médicos por 1.000 habitantes era de 1,63; passando para 2,6 em 2010; com previsão de alcançar 4,43 em 2035, não necessariamente se refletindo positivamente na saúde da população. O desequilíbrio entre provisão de profissionais e necessidades dos sistemas de saúde e das populações é um problema mundial. No Brasil, os profissionais estão mal distribuídos geograficamente e também entre os setores público e privado, os diferentes tipos de serviços de saúde e os níveis de atenção primária, ambulatorial e hospitalar (Fonte: Scheffer M. et al., 2023).
Há claros entraves em curso no setor da saúde no Brasil, à exemplo dos de mercado (concentração, gestão e remuneração), qualidade do serviço (segurança e satisfação do paciente), qualificação profissional (tanto de nível técnico, quanto às vagas de residência médica), informação (ética) e de comunicação entre os diferentes atores (empresários, escolas de formação, profissionais, governo, fornecedores e investidores).
Cada Edição do Fórum terá uma macro temática que estimule o debate de um dos entraves específicos.