Com enredo que celebra a natureza e a história, a escola da Glória aposta na força da floresta e na poesia de uma exploradora para conquistar o Carnaval de 2026.
A Mocidade Unida da Glória (MUG) está pronta para fazer história mais uma vez. Rumo ao seu décimo título, a vermelho e branco de Vila Velha aposta em um enredo que atravessa mares, selvas e séculos: a jornada fascinante de Teresa, desbravadora europeia que, em 1888, percorreu o Espírito Santo em uma verdadeira ode à ciência, à cultura e à natureza brasileira.
Com o título “O Chamado da Floresta – Teresa e os Segredos do Espírito Santo”, a escola promete levar para a avenida um desfile arrebatador, onde realidade e encantamento se entrelaçam. Inspirada nas páginas do livro Viagem ao Espírito Santo – 1888, publicado cinco anos após a visita da exploradora ao Brasil, a MUG resgata os passos dessa mulher pioneira que registrou, com olhar sensível e curioso, a vida selvagem, os costumes e a diversidade do povo capixaba.
Guiada pelos rios e afluentes que cortam o estado, Teresa percorreu cidades como Vitória, Vila Velha, Santa Teresa, Linhares, Anchieta, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim. Em sua jornada, catalogou espécies, interagiu com comunidades indígenas e deixou um legado valioso que hoje se transforma em arte na avenida.
“Teresa ouviu o chamado da floresta, e agora nós o atendemos também. Vamos mostrar que o Espírito Santo é solo fértil de cultura, de resistência e de beleza exuberante”, afirma o carnavalesco da escola, que promete uma leitura visual rica em elementos naturais, misticismo e identidade capixaba.
O desfile será também um convite ao resgate da relação entre o homem e a natureza — uma mensagem de urgência, sensibilidade e reverência. A velha canoa, símbolo do percurso de Teresa pelas águas doces do Espírito Santo, torna-se agora o veículo poético que levará a comunidade da Glória a navegar rumo à vitória.
Com garra, emoção e um olhar histórico, a MUG se prepara para mais do que um desfile: um verdadeiro rito de passagem entre passado, presente e futuro. Em 2026, quem cruzar a Marquês de Sapucaí ao som da bateria não verá apenas um samba — mas a celebração de um legado. E talvez, enfim, o brilho da tão sonhada décima estrela.
