O Conselho Estratégico de Comércio Exterior, Atacadista, Logística e E-commerce do Espírito Santo (Recomex-ES) delineou, nesta segunda-feira (24/02), o plano de ação para 2025, com o objetivo de planejar as próximas etapas para a economia do estado, especialmente em um cenário pós-2032, quando os benefícios fiscais atuais se encerram. O encontro, realizado no Palácio Anchieta, em Vitória, contou com a presença do governador Renato Casagrande e de representantes do setor público e privado, reforçando o papel estratégico do Recomex-ES para o desenvolvimento do comércio exterior e da logística no estado.
Criado pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), o Recomex-ES visa reunir as principais lideranças do setor para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças fiscais, como a reforma tributária, e fomentar a competitividade da economia capixaba. Em sua reunião de hoje, o grupo delineou as prioridades para 2025, com a criação de grupos de trabalho (GTs) que abordarão frentes essenciais, como a adaptação às novas normas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a revisão dos regimes aduaneiros e a implementação de estratégias para mitigar os impactos da extinção dos benefícios fiscais após 2032.
Os principais eixos de atuação do Recomex-ES para os próximos anos incluem:
- Normas gerais do IBS e CBS (GT 1)
- Regimes Aduaneiros (GT 2)
- Imposto Seletivo (GT 3)
- Fundo de Compensação dos Benefícios Fiscais e Fundo do Desenvolvimento Regional (GT 4/5)
- Infraestrutura Logística do Estado (GT 6)
Ações estratégicas e desafios futuros
O plano traçado para 2025 prevê, entre suas principais ações, uma análise detalhada da Lei Complementar nº 214/2025, buscando identificar oportunidades e impactos dessa legislação sobre o setor. Uma das prioridades será garantir que o Espírito Santo continue a ser um polo econômico competitivo após o término dos benefícios fiscais em 2032, através da implementação de políticas que favoreçam a atividade comercial e o desenvolvimento da logística.
A modernização da infraestrutura logística do estado é outra ação central. O Recomex-ES trabalhará para otimizar os regimes aduaneiros, simplificar processos alfandegários e reduzir os prazos de desembaraço de cargas, com o intuito de aumentar a eficiência nas operações de comércio exterior. A integração das infraestruturas logísticas também está entre as medidas que visam melhorar o escoamento de cargas e tornar o Espírito Santo mais competitivo no cenário nacional e internacional.
O presidente do Sindiex, Sidemar Acosta, destacou o compromisso do Recomex-ES com a consolidação do estado como um dos principais hubs logísticos e comerciais do Brasil. “Com esse planejamento, o Recomex-ES reafirma seu compromisso em consolidar o estado como um dos principais hubs logísticos e comerciais do Brasil, criando um ambiente favorável para o crescimento sustentável das atividades de comércio exterior e logística”, afirmou Acosta.
Além disso, o plano inclui investimentos na qualificação profissional da força de trabalho capixaba, com o incremento de treinamentos e programas de capacitação. O estado também se prepara para fortalecer sua presença no cenário global, por meio da realização de feiras, como a Modal Expo, que ocorrerá em julho, missões comerciais e rodadas de negócios internacionais.
O governador Renato Casagrande enfatizou a importância da colaboração entre o governo estadual, o setor privado e as instituições da sociedade para o sucesso das ações planejadas. “Estamos fortalecendo o Recomex para enfrentarmos, juntos, os desafios do novo sistema tributário brasileiro. E para nós, do Espírito Santo – um estado que é mais produtor do que consumidor –, é necessário tomar medidas para manter o ritmo de desenvolvimento que alcançamos hoje. Com essa união, nós vamos encontrar novos caminhos e mais oportunidades para os capixabas”, disse Casagrande.
O plano de ação traçado pelo Recomex-ES para 2025 reflete o esforço coletivo para assegurar que o Espírito Santo mantenha sua competitividade econômica e continue a se destacar como um centro logístico e comercial estratégico para o Brasil, mesmo com as transformações no cenário tributário e fiscal.
