Educação

Professores dão dicas para últimos dias antes do Enem

Faltando poucos dias para as primeiras provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontece nos dias 9 e 16 de novembro, professores do Centro Educacional Leonardo da Vinci deixam dicas que podem fazer a diferença na reta final de preparação.

No primeiro domingo, as provas são de Linguagens e Códigos (Língua Portuguesa, Literatura e Língua Estrangeira) e Ciências Humanas (Geografia, História, Sociologia e Filosofia), totalizando 90 questões, além de uma redação.

De acordo com o diretor do Centro Educacional Leonardo da Vinci, Mário Broetto, os dias que antecedem o Enem não são para “maratonar” nos estudos. “É hora de manter o ritmo, se alimentar de forma saudável, fazer exercícios físicos leves e dormir bem para não abrir espaço para a ansiedade. Além disso, foque em revisar conceitos-chave dos assuntos mais cobrados em cada área. Com tranquilidade, faça simulados cronometrados para ajudar na organização do tempo e na consolidação de estratégias de resolução. Separe tempo para corrigir questões que errou”, orienta.

Mário lembra ainda que os alunos devem organizar a logística. “Imprima o cartão com o local de prova e vá até lá para se familiarizar. Separe documento de identificação, canetas pretas transparentes, lanche e água. Na véspera, no máximo revise algum conceito, leia algo leve ou assista a um filme que possa ajudar no repertório, e durma bem. No dia da prova, coma o que já está acostumado, de preferência, alimentos leves. Saia com antecedência de casa de forma que chegue uma hora antes no local de prova. Comece pelas questões mais fáceis e gerencie o tempo, cerca de 3 minutos por questão”, opina.

Áreas específicas

Entrando especificamente nas Ciências Humanas, Joelmo Costa, professor de Geografia, destaca temas como: ação antrópica e impactos no meio ambiente; COP-30 e tratados internacionais do clima; relação de poder entre nações; questões tarifárias; importância geopolítica das terras raras; transformação espacial urbana e agropecuária; migrações; transformação econômica e social no âmbito da globalização; cartografia e biomas. “O Enem é uma prova longa. A leitura atenciosa do enunciado é fundamental, pois é comum várias alternativas com frases aparentemente corretas. É preciso capacidade analítica para entender qual delas se encaixa como resposta para a problemática que o enunciado está propondo”, comenta.

Já Carla Jardim, professora de Filosofia e Sociologia, lembra que as questões exigem análise comparativa entre pontos de vista, visão crítica, percepção de fatos sob perspectiva de diferentes teorias filosóficas, e domínio de nomenclatura da disciplina. “É importante ter noção de História da Filosofia e conhecimento das ideias de Conhecimento, Ética e Política dos filósofos mais relevantes, além de ater-se às referências dos textos, como autor, pois isso facilita reconhecer o conteúdo do fragmento, ligando-o à teoria estudada”, declara.

Ana Paula Alves Aguiar, professora de História, acredita que as questões devem explorar a relação entre tecnologia, sociedade e transformações no mundo do trabalho, os impactos sociais e econômicos das inovações, a temática ambiental por meio de conteúdos como a Revolução Industrial, marco do avanço tecnológico e o início de graves consequências ambientais, e temas ligados ao exercício da cidadania, como o direito ao voto feminino na Era Vargas e a Constituição de 1988 como referência à consolidação dos direitos civis e sociais no Brasil. No cenário internacional, a professora destaca a OTAN e as novas configurações geopolíticas do mundo pós-Guerra Fria. “Outro conteúdo recorrente é o período da Ditadura Militar e a violação dos direitos humanos, fundamentais para refletir sobre memória, democracia e a importância da justiça”, conclui.

Luiz Henrique Menezes, professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, esclarece que a prova explora a diversidade textual, Tecnologias da Informação e Comunicação (TICS), variações linguísticas e tradição literária com autores representativos da literatura, principalmente os do Modernismo e da Contemporaneidade, além de temáticas como: inclusão de minorias, igualdade de gêneros, valorização dos povos ancestrais, etc.

Por fim, Lúcio Manga, professor de redação, enfatiza a importância de formular a proposta de solução para resolver os problemas apontados no texto, utilizar conceitos de outras áreas do conhecimento e considerar o contexto dos textos motivadores. “Ao terminar, não leia a redação. Feche o rascunho e parta para a prova objetiva. Fique ao menos uma hora resolvendo questões. Então, revise e passe o texto para a folha resposta. Isso ajuda a identificar erros que passam despercebidos”, orienta deixando ainda algumas sugestões de temas possíveis: bullying e cultura da violência, democratização e diversidade da cultura, saneamento básico, combate à homofobia, trabalho análogo à escravidão, crise do direito à moradia, política de resíduos sólidos, consumo e reflexos na sustentabilidade e no endividamento, evasão escolar no ensino médio, exclusão digital e cidadania, reintegração de egressos do sistema prisional, impactos da fake news na democracia e saúde, e regulamentação de redes sociais.

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