Estudos mostram que o acúmulo de resíduos sólidos de forma irregular aumentam as consequências do aquecimento global e a coleta seletiva é uma prática que pode incentivar ações mais sustentáveis por parte da sociedade e, consequentemente, combater as mudanças climáticas
O aquecimento global já mostra consequências para a humanidade. Uma delas é a elevação da temperatura média global, que tende a ultrapassar 1,5°C nos próximos cinco anos – como aponta estudo climático realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM). Para reverter esse cenário, a coleta seletiva é uma prática que pode auxiliar no combate ao aquecimento global, visto que retira do ambiente resíduos que poluem e demoram décadas para se decompor.
Diante desse contexto, a coleta seletiva auxilia a reduzir a emissão de gases poluentes do efeito estufa, já que a maioria dos processos produtivos emitem poluentes, como o gás carbônico, metano e o óxido nitroso. Por isso, reduzir os processos de produção combate, direta ou indiretamente, o aquecimento global. Isso é comprovado por meio de estudos. A pesquisa realizada pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), em 2020, aponta que quando os resíduos sólidos não são reciclados, eles são responsáveis pelo lançamento de 53,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera brasileira, por ano.
Laís Cavalcante aponta os principais benefícios de incentivar a coleta seletiva, entre eles está a possibilidade de alimentar a economia circular. “Quando um material é reciclado, economiza-se etapas do processo produtivo de novas mercadorias. Assim, o que iria para o lixo, volta como matéria-prima e promove essa roda gigante de recursos e produtos na sociedade. Por esse motivo, é fundamental saber mais sobre a coleta seletiva, afinal só se pratica o que se conhece. Podemos começar pelo básico, como conhecer as cores de separação dos resíduos – amarelo, para metal em geral; azul, papel e papelão; branco, resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde; cinza, resíduo geral não reciclável, misto ou contaminado não passível de separação; laranja, resíduos perigosos e tóxicos; marrom, resíduos orgânicos; preto, madeira; roxo, resíduos radioativos; verde, vidro e vermelho, para plástico. Essa separação pode ser realizada em casa, assim, a população pode começar a incentivar o próprio bairro, até que se torne um hábito comum”, reforça a Coordenadora Socioambiental da Marca Ambiental, empresa pioneira em valorização de resíduos no ES.