Esporte

PCDs brilham e inspiram no Wahine Bodyboarding Pro

A praia de Jacaraípe, em Serra, no Espírito Santo, será palco de emoção e superação entre os dias 11 e 21 de setembro com o ArcelorMittal Wahine Bodyboarding Pro 2025, apresentado por Extrabom. Última etapa feminina do Circuito Mundial, o evento reunirá 120 atletas de mais de 10 países nas categorias Profissional, Pro Júnior e Máster.

Além da disputa pelos títulos mundiais, o destaque do evento é a categoria PCDs, dedicada a atletas amputadas, mastectomizadas e com deficiência visual. Exclusiva do Wahine, essa categoria não pontua para o Circuito Mundial, mas transforma o campeonato em um verdadeiro espetáculo de inclusão e superação.

Desde 2024, a categoria tem ampliado sua diversidade, incluindo atletas deficientes visuais, que desafiam seus limites no mar. O professor Hudson Renato, técnico do Comitê Paralímpico Brasileiro em atletismo e natação e responsável pela categoria PCDs, destaca o impacto da competição:

“Muitas das atletas debutaram na modalidade em 2024, especialmente as visuais. Foi uma temporada emocionante, principalmente para mim como treinador. Elas cumpriram o papel com um lindo espetáculo de superação. Estamos esperando uma evolução técnica nesta edição. A emoção e o show estarão garantidos.”

Entre as competidoras, Renata Bazone, 51 anos, campeã de 2024 na categoria Deficientes Visuais, volta à competição em busca do bicampeonato. Natural do Rio de Janeiro, Renata é campeã mundial no atletismo paralímpico e fez sua estreia no bodyboarding no Wahine do ano passado.

“Nunca tinha tido uma experiência no mar. Até então, nem sabia nadar. Mas, ao receber o convite para o projeto de PCDs, decidi participar. Espero repetir esse resultado e tenho treinado para isso”, afirma, lembrando da parceria com o guia cearense Dudu Freitas.

Na categoria Amputadas, Letícia de Oliveira Alves, 16 anos, vice-campeã em 2023 e 2024, representa o Espírito Santo. Carla Cunha, 43 anos, bicampeã pernambucana, busca o tricampeonato, enquanto Cristiane Andrade, 46 anos, terceira colocada no ano passado, chega motivada e com foco na evolução técnica.

Na categoria Mastectomizadas, Rangéria Amorim, 48 anos, completa sete anos após a cirurgia de retirada do câncer e celebra o poder transformador do bodyboarding:

“O Wahine é além de uma competição. É celebração da vida, da potência feminina e do que o bodyboarding possibilita como manifestação de cada mulher. Estar juntas no mar é mostrar que viver é uma dádiva”, destaca Rangéria, integrante do grupo @serdelas.

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