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Operadora registra aumento de 60% de manutenção devido a vandalismo

Levantamento interno da operadora de internet capixaba Loga revelou que, em 2023, a empresa registrou 60% a mais que em 2022 de acionamentos para manutenção de cabos de fibra óptica rompidos em sua área de atuação, que compreende 13 municípios capixabas e um no sul da Bahia. Isso representou um prejuízo para a organização da ordem de R$ 300 mil. Já neste ano, o cenário parece ainda pior. Somente de janeiro a abril, o volume de pedidos de conserto de fiação teve incremento significativo, acumulando perdas da ordem de R$ 210 mil.

De acordo com o gerente de Operações da Loga, Claudio Vinício Machado, a maior parte dos chamados deve-se a roubos de cabos que, na verdade, nem têm valor comercial. “Nossa fibra óptica costuma ser rompida por engano, pois ela não possui cobre, que, em geral, é o material que os vândalos buscam para vender. Ainda assim, para a empresa fica o prejuízo financeiro, pois a rede precisa ser refeita, e o problema da indisponibilidade do serviço, que deixa o cliente insatisfeito”, esclarece.

Para Claudio essa é uma questão de segurança pública que precisa ser tratada com urgência. “Nós temos as áreas com mais ocorrências mapeadas. Os bairros Enseada do Suá, Praia do Canto, Santa Lúcia e Bento Ferreira, em Vitória, são os líderes de recorrências e percebemos que, no entorno deles, há grande quantidade de moradores de rua. Além disso, as próprias árvores dão acesso aos fios. É uma situação difícil de resolver, fora do nosso alcance”, lamenta.

Ainda assim, segundo o gerente, o que a empresa busca fazer para ajudar a minimizar o problema é manter em cada poste plaquetas de identificação nos cabos de fibra óptica, além de realizar regularmente manutenções preventivas para acertar fios caídos, atender aos acionamentos da EDP para organização da fiação e cumprir as normas para o lançamento externo de cabos.

Para ele, a existência da chamada rede legada (em desuso) de operadoras regulares ou até clandestinas, além de deixarem as cidades visualmente feias com muitos cabos suspensos, desorganizados e até caídos, motivam os furtos. “Os cabeamentos antigos são metálicos, é atrás deles que os vândalos estão”, explica.

Claudio acredita que o custo alto para dar destinação correta dos cabos obsoletos contribui para o agravamento do problema.

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