É MITO! Em ambientes acarpetados, a quantidade de pó flutuando no ar é inferior a ambientes revestidos com pisos frios. Além disso, carpetes contribuem para melhor conforto acústico e isolamento do impacto sonoro
Afinal: carpetes são ou não inimigos das pessoas alérgicas? Essa é uma dúvida constante que paira entre quem deseja aplicar esse item em casa ou no escritório. No entanto, de vilão ele não tem nada. Pesquisas já comprovaram que carpetes não provocam reações alérgicas, sendo perfeitamente apropriados para os indivíduos com esse tipo de intolerância. O grande problema está na falta de limpeza e manutenção do mesmo, que a maioria não segue as orientações dadas pelos fabricantes.
E tem mais: segundo Michelle Borba, arquiteta especificadora técnica da Belgotex Brasil, marca referência internacional em carpete e soluções para o piso, contrariando as crenças populares, um dos aspectos mais importantes que devemos destacar é a contribuição dos carpetes para a melhoria da qualidade do ar em ambientes fechados. Pesquisas têm demonstrado resultados surpreendentes nesse sentido, tornando-se um fator crucial para ambientes onde a saúde e o bem-estar das pessoas são prioridades. Essa informação é confirmada por estudos realizados por renomados órgãos internacionais, incluindo ARCAA, CRI Green Label Plus, ABNT e Carpet Institute of Australia.
“Como especialistas no setor, estamos comprometidos em esclarecer o desconhecimento generalizado que ainda permeia o uso de carpetes, bem como combater as inverdades que prejudicam sua reputação. Uma das principais preocupações levantadas por muitas pessoas é a possível alergia associada a esse tipo de revestimento. Porém é essencial esclarecer que o grande causador das alergias são os ácaros e nossos carpetes são fabricados com filamentos sintéticos de alta tecnologia, o que torna impossível a sua presença”, explica ela.
Mas então carpete é melhor que piso frio? Segundo a sócia-proprietária da Master Office Design, loja referência em mobiliário corporativo em Vitória, Ilma Mendonça, não é questão de ser melhor ou não, cada um exerce sua função, mas o problema está em desmistificar o carpete como vilão. Sendo que na verdade a quantidade de pó flutuando no ar é inferior a ambientes revestidos com pisos como porcelanatos, vinílicos. Com carpetes, o pó fica retido nas fibras até ser aspirado, sendo menos prejudicial do que flutuando pelo ar, pela casa.
E a empresária alerta sobre a importância da limpeza regular e a manutenção adequada do carpete que fazem toda a diferença e são essenciais para garantir um ambiente saudável e minimizar os alérgenos. “Deve-se passar o aspirador de pó, pelo menos, duas vezes por semana. Em locais com maior fluxo de pessoas, a frequência da limpeza deve ser maior. É recomendável também que as instruções de limpeza e manutenção fornecidas pelo fabricante sejam seguidas à risca para garantir a eficácia contínua do carpete”, explica a especialista.
Vale lembrar que há também no mercado carpetes produzidos com fibras hipoalergênicas, que são tratadas para resistir ao acúmulo de poeira e ácaros, reduzindo a possibilidade de retenção de alérgenos. “Muitos deles são fabricados com materiais de baixa emissão de Compostos Orgânicos Voláteis (COVs), o que ajuda a melhorar a qualidade do ar interno e reduzir o risco de irritações respiratórias. Há também os que possuem tratamentos antimicrobianos, que ajudam a prevenir o crescimento de bactérias, mofo e fungos, contribuindo para um ambiente mais saudável”, pontua.
Outro diferencial importante dos carpetes é sua capacidade de absorção acústica e isolamento do impacto sonoro. Esse atributo tem sido amplamente valorizado em projetos que buscam proporcionar conforto e privacidade aos ocupantes.