De 10 Anos das Séries MBac | Clube do Colecionador*
A Galeria Matias Brotas encerra o ano de 2023 celebrando os 10 anos do projeto Séries MBac | Clube do Colecionador com uma exposição coletiva que permanecerá aberta ao público até 1º de março de 2024, com entrada gratuita. A mostra destaca artistas renomados da cena nacional de arte contemporânea, como Almandrade, Alexandre Vogler, Osvaldo Gaia, Felippe Moraes, Rubiane Maia e Fernando Augusto, além de apresentar novos talentos como Ficore e Thiago Lessa.
Iniciado em 2013, o projeto consolidou-se na formação de colecionadores em arte contemporânea, explorando o olhar singular do espectador na produção de significado. Para esta edição comemorativa, a galeria elabora uma linha do tempo das edições anteriores, convidando colecionadores, críticos e curadores a refletirem sobre a importância do colecionismo de arte no estímulo à produção artística e no movimento do circuito de arte contemporânea.
Logo na entrada, os visitantes são conduzidos por um túnel do tempo, com uma retrospectiva de obras que integraram as edições anteriores do Clube do Colecionador, com artistas como Antonio Bokel, Vanderlei Lopes, Shirley Paes Leme, Rosana Paste, Manfredo de Souzanetto, Mai-Britt Wolthers. A expografia é assinada pela designer capixaba Taiza Ammar.
A curadoria realizada pela galeria nesta edição das Séries apresenta trabalhos em poéticas e suportes diversos produzidos por artistas que se destacam na cena contemporânea das artes visuais. Nesta coletiva, o projeto expositivo também incorpora textos e áudios produzidos pelos artistas sobre as obras apresentadas.
Um dos destaques da exposição é o artista carioca Felippe Moraes, que apresenta obras inéditas do seu projeto “Eleda”, concebido em residência no “Espaço Vazio” no meio da floresta da Tijuca, Rio de Janeiro. Eleda é um termo de origem Yoruba-Nago que trata do ancestral que habita em cada um.
Outra série inédita na coletiva é ‘Casa Catedral’, do artista capixaba Fernando Augusto, que reflete sobre a questão informal e geométrica. O artista explica: “A leveza, a tinta escorrida, a manualidade, a organicidade do trabalho, junto a essa geometria, junto a esse pensamento de precisão, para falar desse espaço que chamamos casa e falar de pintura como um lugar tanto de estabilidade quanto de instabilidade.”
Outro destaque são as obras do artista baiano Almandrade, que transita entre o construtivo, o conceitual e a poesia, marcando seu percurso com coerência estética. A mostra também apresenta um conjunto de obras do artista carioca Alexandre Vogler, que desde 2000 desenvolve trabalhos em contexto público e sistemas de comunicação.
A artista Rubiane Maia, destaque na Bienal de São Paulo deste ano e na ArtRio 2023, apresenta em Vitória a obra ‘Percepção Vital’, uma obra que examina as relações entre os fenômenos vitais e as transformações químicas presentes nos campos da bio e da geologia.
Entre os novos talentos presentes na exposição está o artista Ficore, conhecido por seus murais na Arte Urbana Brasileira, explorando questões como memória, temporalidade e impermanência. Na coletiva, ele apresenta a série intitulada “Desconstrução”, realizando instalações que questionam a função das paredes, invocando novas possibilidades entre o Graffiti e o circuito de Arte Contemporânea.