Entre os dias 8 e 13 de janeiro, a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus), por meio do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), realizou o primeiro Levantamento de Índice de Infestação Predial Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) de 2024 e os resultados preocuparam a equipe de saúde: com índice de 3,3% de infestação de mosquitos em imóveis, o risco de contrair dengue em Vitória é considerado médio.
Ao analisar os últimos Levantamentos realizados na capital, dos 13 extratos de regiões de Vitória, um deles continuou com nível de transmissão média e apenas uma região conseguiu reduzir a infestação do mosquito, estando, agora, com baixo risco de transmissão os bairros Ariovaldo Favalessa, Mario Cipreste, Caratoíra, Santa Teresa, Cabral, Quadro, Santa Clara e Ilha do Príncipe. As demais regiões e bairros tiveram aumento na detecção do mosquito Aedes aegypti, bem como de criadouros com larvas do mosquito, em relação ao último estudo realizado em outubro do ano passado.
Novamente, o LIRAa aponta que os maiores criadouros do transmissor da dengue, zika e chikungunya estão dentro dos imóveis, na seguinte ordem: pratinhos para vasos de plantas, ralos descobertos, lixo mal acondicionado, tonel de água e pneus.
Os bairros com maior índice de infestação e, principalmente, de criadouros de mosquitos no interior dos imóveis foram Pontal de Camburi, Jardim da Penha, Mata da Praia, Bairro República, Morada de Camburi, Boa Vista, Resistência, Nova Palestina, Redenção Santa Luíza, Barro Vermelho, Praia do Canto, Santa Lúcia, Santa Helena, Praia do Suá, Jesus de Nazareth, Enseada do Suá, Ilha Bela e Ilha do Frade.
“Já está comprovado que o Aedes aegypti vive em nosso meio. As pessoas precisam ficar alertas pois podem estar criando mosquitos dentro de suas casas e sem nem saberem”, afirma o diretor interino do CVSA, Rogério Almeida.
Tecnologia contra a Dengue
Desde 2023 a Prefeitura de Vitóriautiliza a tecnologia dos drones como mais um reforço no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Os drones são utilizados para mapear imóveis onde há dificuldade do ingresso dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e também para identificar os possíveis focos do mosquito em locais de difícil acesso para os Agentes.
A partir das imagens, é feito um plano de acesso e roteiro para vistoria dos imóveis mapeados pelos agentes para identificarem possíveis criadouros e fazerem a eliminação, o tratamento focal e o trabalho de educação em saúde. O drone é uma ferramenta complementar ao imprescindível trabalho de vistoria do Agente de Combate às Endemias em charcos, áreas alagadas e bueiros, além de visitas domiciliares onde buscam identificar pequenos criadouros em residências e orientam os moradores sobre como evitar o mosquito.
Além disso, são realizados mutirões de limpeza e combate ao mosquito em parceria com a Central de Serviços.
Vitória também realiza ações educativas em escolas, praças, feiras e diversos espaços públicos para orientar e alertar as pessoas sobre o combate ao Aedes.
Como reforço às ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus), por meio do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA), vem utilizando os carros pulverizadores de inseticida a Ultra Baixo Volume (UBV), o popular fumacê.
Monitoramento
O LIRAa é realizado quatro vezes por ano. O resultado apresenta a situação de risco dos bairros, divididos em 13 estratos, com os principais criadouros encontrados. Dessa forma é possível direcionar ações específicas para obter um controle mais eficaz dos mosquitos.
De acordo com o Ministério da Saúde, os parâmetros para classificação quanto à infestação pelo Aedes aegypti são: menor que 1%, baixo; de 1% a 3,99%, médio; e acima de 3,99%, alto.
Checklist
A participação popular é fundamental no combate ao Aedes aegypti. Para ajudar a população nessa importante tarefa, a Prefeitura de Vitória disponibiliza um check list de combate aos mosquitos.
