Saúde

Julho Turquesa: mês da conscientização do olho seco  

A síndrome do olho seco afeta 18 milhões de brasileiros e se não for tratada pode provocar lesões na superfície ocular e progredir para sintomas permanentes, com sérios comprometimentos da visão

Uma das maiores autoridades do mundo em olho seco, doença que segundo a Associação dos Portadores da Síndrome do Olho Seco afeta cerca de 18 milhões de brasileiros, a oftalmologista Liliana Nóbrega é capixaba e faz um alerta. “Esta disfunção lacrimal precisa ser levada a sério, sobretudo diante do aumento no número de casos. Por isso, é fundamental que neste mês de julho, toda a sociedade capixaba se comprometa com a divulgação de seus sintomas e formas de tratamento”, afirma ela.

“A doença surge a partir da lubrificação inadequada da superfície dos olhos devido à má qualidade ou quantidade insuficiente de lágrima e, se não for diagnosticada e tratada corretamente, pode provocar lesões na superfície ocular e progredir para sintomas permanentes, com sérios comprometimentos da visão”, conta a especialista que trabalha há mais de 20 anos pela conscientização da doença e das suas consequências para a saúde ocular.

São causas ou agravantes da doença os novos hábitos da vida moderna, como o uso excessivo das telas de celular, computador e TV. “A maioria das pessoas, hoje, ao acordar, já olha o celular. Em seguida vai trabalhar num computador e, a todo instante, confere o celular. Ao final do dia, vai relaxar em frente a uma TV”, acrescenta a especialista.

Segundo ela, outros fatores que provocam o olho seco são o ar-condicionado, as lentes de contato, os transtornos nas pálpebras, a menopausa e algumas doenças reumatológicas.

Liliana Nóbrega chama a atenção, também, para o fato de que, no inverno, a baixa umidade contribui para aumentar a incidência da secura nos olhos. Entre os sintomas estão ardência, vermelhidão, embaçamento e sensação de secura e/ou de corpo estranho nos olhos.

Para tratar a doença, a recomendação da oftalmologista é sempre procurar um especialista. Mas adianta que mudar alguns hábitos ajudam a evitar ou minimizar o problema. Entre eles estão piscar com mais frequência, fazer mais pausas quando estiver usando computador ou celular, evitar ar-condicionado e se manter bem hidratado.

Leia também