Vitória recebe a primeira edição do festival com programação intensa até domingo (27), na Sala Milson Henriques, no Palácio da Cultura Sônia Cabral
A cena teatral capixaba está em festa com a estreia do Festival de Artes Cênicas do Teatro du Beco, que acontece de 24 a 27 de abril, na Sala Milson Henriques, localizada no tradicional Palácio da Cultura Sônia Cabral, no Centro de Vitória. A programação da primeira edição do evento destaca a presença marcante da Cia Teatral de José Celso Cavalieri, que leva aos palcos três espetáculos autorais e variados em temática e estilo.
Com ingressos a preços acessíveis — R$ 10 (meia-entrada), disponíveis pela plataforma Sympla —, o festival promete movimentar o cenário cultural da capital com montagens que vão do drama psicológico à releitura contemporânea de clássicos infantis.
O pontapé inicial das apresentações da Cia Cavalieri foi dado com a peça “Insanos, o Pesadelo do Terceiro Milênio”, encenada na sexta-feira (25). Estrelado por Anderson Lima, o espetáculo mergulha no universo sombrio de um personagem paranoico e perturbado, que acredita ser o escolhido para ocupar o lugar de Deus. Em um monólogo intenso, a narrativa entrelaça memórias traumáticas, delírios messiânicos e críticas sociais, levando o público a refletir sobre fé, moralidade e loucura.
Neste sábado (26), às 21h, é a vez de “As Malas que eu Carrego”, protagonizado pelo próprio José Celso Cavalieri. O monólogo traz à cena uma figura que arrasta suas malas cheias de simbolismos — representações do peso emocional e dos desafios da vida moderna. Com linguagem sensível e direta, o espetáculo convida o espectador a reconhecer as “malas” que também carrega, em uma catarse coletiva sobre os conflitos pessoais e existenciais.
O encerramento da participação da companhia acontece no domingo (27), às 15h, com a peça “João e Maria”, uma versão contemporânea do conto dos irmãos Grimm. Com texto assinado por Cavalieri e Anderson Lima, e no elenco Lu Gonçalves, Jonatan Jones e Anderson Lima, a história se reinventa ao abordar temas como obediência, consequências e descobertas, em uma jornada que mistura encanto e reflexão.
Entusiasmado com a repercussão do evento, José Celso Cavalieri celebra a oportunidade de exibir suas montagens no festival:
“Para mim é uma honra ter minhas montagens na programação desta primeira edição de um evento que torço para ter vida longa. É sempre muito bom ter a oportunidade de dar visibilidade às produções capixabas, mostrando o talento dos nossos atores e de toda a equipe técnica”, afirma o produtor.
