O rádio, meio de comunicação que atravessou gerações e marcou a história do Brasil e do mundo, ganha destaque em uma mostra especial no Espírito Santo. A exposição “Pelas Ondas do Rádio” será aberta no próximo dia 9 de setembro, na Casa da Memória da Prainha, em Vila Velha, e segue até 2 de novembro, com entrada gratuita.
Promovida pelo Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha (IHGVV), sob a presidência de Luiz Paulo Rangel, a mostra reúne um acervo histórico que permite ao visitante embarcar em uma verdadeira viagem no tempo. Entre os destaques, estarão rádios antigos, uma estação de rádio amador montada no local, um telégrafo e caricaturas assinadas pelo artista Genildo, retratando os principais radialistas capixabas da chamada “época de ouro” do rádio.
Além de apresentar peças raras e curiosas, a exposição ressalta a importância social, cultural e tecnológica do rádio. O visitante poderá conhecer desde os primórdios das transmissões, como o telégrafo sem fio, até o papel fundamental do rádio amadorismo, que, além de ser uma prática de lazer, também atuou historicamente no suporte a grandes incidentes e emergências.
“O rádio é mais do que um meio de comunicação; é um patrimônio cultural que continua a evoluir e a nos conectar. Convidamos todos a explorarem e redescobrirem a magia do rádio e a refletirem sobre seu impacto em nossas vidas”, destacou Luiz Paulo Rangel.
A mostra também recorda marcos históricos, como a primeira transmissão de voz no Brasil, realizada em 1920 por Edgard Roquette-Pinto, durante a Exposição do Centenário da Independência. O episódio foi transmitido a partir de uma estação montada no Morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, então capital do país.
Segundo o presidente do IHGVV, compreender o fascínio que o rádio ainda exerce sobre muitas pessoas é um convite à memória afetiva e à valorização desse meio que se consolidou como uma verdadeira “paixão nacional”.
