O exoesqueleto, desenvolvido com base em tecnologia de robótica suave, tem como objetivo primordial oferecer suporte em atividades que demandam esforço físico repetitivo, mitigando assim o risco de lesões musculoesqueléticas.
Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (Labtel) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em colaboração com instituições internacionais, conceberam um exoesqueleto multifuncional.
Este dispositivo oferece um amplo espectro de benefícios, desde amplificação de força até monitoramento preciso da atividade física.
O projeto, liderado pelo doutorando Luis Jordy Arciniegas e coordenado pelo professor Camilo Rodríguez do Departamento de Engenharia Elétrica, recebeu apoio técnico do aluno de Engenharia Mecânica, Patrick Silva.
O financiamento da Fapes, por meio do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), uma iniciativa do Governo Estadual administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), proporcionou os recursos necessários para a execução da pesquisa. Este centro é dedicado à condução de estudos científicos, tecnológicos e de inovação, dispondo de infraestrutura e equipamentos financiados pela Fapes.
O dispositivo é concebido para ser vestido como uma armadura, proporcionando suporte e amplificação de força ao usuário. Ele também permite o monitoramento da execução das atividades físicas, promovendo uma abordagem proativa em relação à saúde musculoesquelética.
Camilo Rodríguez explica que, embora o foco inicial do exoesqueleto seja o cotovelo, há planos para expandir sua funcionalidade para os ombros e até mesmo para a coluna vertebral, visando corrigir posturas e auxiliar na reabilitação.
“Esse exoesqueleto é baseado em robótica branda, ou seja, a gente faz uma atuação sobre as articulações, mas os motores não são ancorados diretamente na articulação. São dois motores nas costas, que através de polias e cabos de aço, o dispositivo transfere a força para os braços. O objetivo é evitar doenças musculares esqueléticas por excesso de carga e tarefas repetitivas”, explica o professor Camilo Rodríguez.
A colaboração da Fapes permitiu o avanço do projeto, fornecendo recursos para a aquisição de materiais e equipamentos, como impressoras 3D utilizadas na fabricação das peças do exoesqueleto, bem como o espaço no CPID para a realização dos experimentos e fabricação do dispositivo.
O CPID, fruto de uma parceria entre diversas instituições, incluindo a Fapes, atua como um hub de pesquisa e inovação, oferecendo suporte tanto para a comunidade científica quanto para o setor empresarial do Espírito Santo. Com um investimento significativo, o centro dispõe de instalações administrativas e técnicas, incluindo sete laboratórios dedicados à pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico.
Por Juba Paixão
Fonte: Fapes