Empresa amplia em 40% os aportes em relação ao ciclo anterior; governo federal, estadual e EDP destacam inovação, qualidade no atendimento e compromisso com a transição energética.
Na foto: Da esquerda para a direita: Paulo Baraona, Presidente da Findes; João Brito Martins, CEO da EDP América do Sul; Ivo Sechi Nazareno, Diretor da Aneel; Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia; Renato Casagrande, Governador (ES); Ricardo Ferraço, Vice-governador (ES); João Marques da Cruz, ex-CEO EDP América do Sul; Sérgio Vidigal, Secretário de Desenvolvimento (ES); Fabiano Contarato, Senador (ES); e Paulo Foletto, Deputado Federal (ES) – (Crédito: Divulgação/EDP)
Em cerimônia no Palácio Anchieta, foi assinada nesta quarta-feira a renovação do contrato de concessão de distribuição de energia elétrica da EDP no Espírito Santo por mais 30 anos. Primeira empresa do país a renovar seguindo o novo modelo regulatório da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia (MME), a EDP se comprometeu a investir cerca de R$ 5 bilhões até 2030, um aumento de 40% em relação ao período anterior (2019–2024).
A empresa continuará responsável pelo fornecimento de energia para 70 municípios, atendendo 90% do território capixaba e cerca de 1,7 milhão de consumidores.
Durante a assinatura, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enfatizou o ineditismo do contrato e o salto nos investimentos: “Essa é uma política nacional que antecipa a renovação em troca de mais exigência em qualidade e investimento. Só no Espírito Santo, serão mais de R$ 5 bilhões até 2030, parte de um programa nacional que mobilizará R$ 115 bilhões em antecipações para mais de 20 distribuidoras. Significa emprego, desenvolvimento e segurança energética”, disse Silveira.
Ele destacou ainda a digitalização e automação como exigências do novo contrato, para permitir resposta mais ágil a eventos climáticos, cada vez mais frequentes.
“Vamos garantir que a energia chegue de forma segura. É a prioridade do governo do presidente Lula: construir um país que respeite sua soberania energética e cuide da população”, afirmou.
O ministro também abordou medidas em curso para reduzir o custo da energia e do gás natural no Brasil, destacando o envio de uma medida provisória para viabilizar o primeiro leilão do gás da União, com o objetivo de baratear a molécula para a indústria nacional.
Para o governador Renato Casagrande, a assinatura marca um passo decisivo para consolidar um ambiente seguro e previsível para o desenvolvimento econômico capixaba: “O novo contrato é mais exigente e vai garantir investimentos pesados em modernização, inovação e transição energética. É essencial para dar estabilidade ao fornecimento, especialmente no interior, onde a agricultura é muito forte e precisa de redes mais robustas”, afirmou Casagrande.
Ele também detalhou um projeto de lei em elaboração no Estado para incentivar a ampliação da rede trifásica por meio de créditos outorgados de ICMS:
“A empresa vai poder investir diretamente na substituição da rede monofásica e abater isso do ICMS. É uma forma de reforçar a infraestrutura sem pressionar o orçamento público”, explicou.
Sobre o impacto social e econômico dos investimentos, Casagrande resumiu:
“Eles geram previsibilidade, qualidade de vida e atraem empresas. Nenhuma atividade econômica funciona sem energia confiável.”
O vice-governador Ricardo Ferraço também enfatizou a relevância do contrato para manter o Espírito Santo competitivo: “O Espírito Santo é o Brasil que dá certo, com segurança jurídica e capacidade de planejamento. Esse contrato fortalece nossa infraestrutura elétrica e a nossa capacidade de atrair investimentos”, disse.
O CEO da EDP na América do Sul, João Brito Martins, destacou que a renovação ratifica a confiança das autoridades e dos consumidores no trabalho da empresa:
“É motivo de orgulho para toda a equipe da EDP. Quando chegamos aqui, tínhamos o desafio de universalizar o fornecimento e melhorar a qualidade. Hoje, temos indicadores entre os melhores do país. Agora, vamos tornar as redes ainda mais inteligentes, digitalizadas e confiáveis”, afirmou.
João Pedro, CEO da EDP no Brasil, detalhou em entrevista que os novos investimentos vão priorizar: Reforço da capacidade de fornecimento, Digitalização e automação da rede, Resiliência contra eventos climáticos, Melhoria dos canais de atendimento, com foco em facilidade e rapidez
“Esse contrato é mais focado no cliente. Queremos minimizar impactos dos eventos climáticos e garantir qualidade no serviço, com capacidade de resposta mais rápida”, afirmou João Pedro.
Além dos aportes em infraestrutura, a EDP destacou o impacto social de suas ações no Estado. Entre 2019 e 2024, mais de 317 mil pessoas foram beneficiadas por projetos em educação, cultura, profissionalização e inclusão social.
Um dos principais destaques é o programa Comunidade IN, que escolhe uma comunidade a cada três anos para receber ações integradas em educação, geração de renda, moradia digna, energia renovável e inclusão digital.
Em Vila Velha, o bairro Jabaeté foi beneficiado com o projeto Moradia Digna, que reformou instalações elétricas em 30 residências, e com o Comunidade Solar, que levou energia renovável a praças e capacitação profissional em sistemas fotovoltaicos.
Em 2025, o programa chegou ao bairro Piranema, em Cariacica, com instalação de 50 postes solares feitos de material reciclado, além do programa Escola da Energia na única escola local.
“Queremos liderar uma transição energética justa, contribuindo para o desenvolvimento regional, o consumo consciente e o acesso à energia limpa”, destacou João Brito Martins.
O ministro Alexandre Silveira e o governador Renato Casagrande frisaram o alinhamento do contrato com as metas de descarbonização:
“Temos um plano estadual para chegar à neutralidade de carbono até 2050. Esses investimentos em redes mais eficientes, digitalização e inovação são decisivos para cumprir esse objetivo”, explicou Casagrande.
A EDP, por sua vez, assumiu o compromisso de manter sua estratégia alinhada com as metas nacionais e estaduais de neutralidade de carbono, reforçando o papel do Espírito Santo como referência em segurança jurídica, inovação e sustentabilidade.
