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Dengue: Reinfecção pode ser mais grave, saiba identificar os sinais de gravidade da doença

Espírito Santo voltou a registrar o surgimento do sorotipo 2 da doença e número de casos em 2023 já é maior que o registrado ao longo de todo o ano passado

Só nos primeiros meses deste ano, o Espírito Santo registrou mais casos de dengue que ao longo de todo o ano passado. Foram mais de 24 mil casos registrados da doença em 2023, contra 20.929 em 2022. Para além desse aumento, o Estado também voltou a registrar o surgimento do sorotipo 2 da dengue, o que não acontecia desde 2019.

De acordo com a médica Martina Zanotti, infectologista do Vitória Apart Hospital, mais importante do que estar atento ao sorotipo da doença, é fundamental evitar a reinfecção. Para quem já teve dengue, o perigo aumenta no caso de uma segunda ou terceira contaminação pelo mosquito Aedes Aegypti.

 “O sorotipo 2 voltou a aparecer, mas isso é esperado. A gente tem uma sazonalidade, que volta e meia aparece o tipo 1, volta e meia aparece o tipo 2. Isso está dentro do esperado. O que tem circulado menos é o 3 e o 4. Existem quatro tipos do vírus da dengue e eles são basicamente a mesma coisa em termos de transmissão e quadro clínico. O maior perigo da dengue é uma segunda ou terceira infecção. As próximas infecções tendem a ser mais graves do que aquele indivíduo que adquire pela primeira vez a doença”, alerta.

Com o aumento do número de casos da doença é fundamental saber reconhecer os sinais de alerta e buscar ajuda médica o mais rápido possível.

“As pessoas precisam ficar alertas com os sinais de gravidade da doença: tonteira e sensação de desmaio, vômitos persistentes, dor abdominal, sangramentos, palpitações, sonolência ou irritabilidade. Na presença de algum desses sintomas é preciso procurar imediatamente um  atendimento médico”, orienta a infectologista do Vitória Apart Hospital.

Além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti também é responsável pela transmissão de zika e Chikungunya. Evitar o surgimento do mosquito é a melhor forma de se ver livre das doenças.

– Limpe o quintal, jogando fora o que não é utilizado;

– Tire a água dos pratos de plantas;

– Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;

– Tampe tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;

– Mantenha os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

– Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos.

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