Assembleia debate tecnologia indiana que promete reduzir em até 70% partículas nocivas no ar
Comissão de Meio Ambiente da Ales conhece inovação trazida ao Estado por empresa capixaba e discute soluções para combater o pó preto e melhorar a qualidade do ar
Na próxima terça-feira (13), a Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) realiza uma reunião decisiva para o futuro da qualidade do ar no Estado. O encontro, que ocorrerá às 9h no Plenário Rui Barbosa, terá como foco a apresentação de uma tecnologia inédita no Brasil, capaz de reduzir significativamente a emissão de poluentes no ar.
A inovação, chamada Pure Sky, é de origem indiana e já opera com sucesso no Chile e em outros países asiáticos. Representado no Brasil pela empresa capixaba IST Ambiental, o equipamento promete reduzir em até 70% as partículas finas PM 2.5 e PM 10 – consideradas extremamente nocivas à saúde humana – e em até 40% o pó preto, um problema recorrente em regiões industriais do Espírito Santo.
A iniciativa é liderada pelo presidente da Comissão, deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), que destacou a importância do debate:
“Vamos avaliar uma solução ambiental inovadora e de baixo impacto, que pode contribuir muito para melhorar a qualidade do ar e preservar a saúde da população, especialmente em áreas com grande emissão de poluentes”, afirmou.
O Pure Sky funciona de maneira contínua e sem a necessidade de filtros ou intervenções físicas na fonte de emissão. O sistema utiliza ondas magnéticas geradas por sinal wi-fi para criar um campo de proteção que faz com que partículas poluentes decantem e não permaneçam suspensas no ar.
Segundo Iussef Maia, diretor-presidente da IST Ambiental, o equipamento tem alcance de até 500 metros e pode ser instalado próximo a fontes emissoras, como indústrias e vias de tráfego intenso.
“Colocamos o equipamento de um lado, mapeamos outro ponto, e o campo magnético formado entre eles atua como uma barreira invisível. Toda poluição que atravessa esse campo tende a decantar. E o sistema funciona 24 horas por dia”, explicou.
Maia enfatizou ainda que quanto mais próxima da origem da emissão for feita a instalação, maior será a eficiência do sistema.
“Nossa intenção é colocar o equipamento dentro da indústria, se possível. Isso pode reduzir drasticamente a poluição que chega até as comunidades vizinhas”, disse.
Com um histórico recente de debates sobre o pó preto e seus impactos na saúde da população capixaba, a Comissão volta a se destacar ao colocar em pauta uma alternativa tecnológica que pode transformar a abordagem ambiental do Estado.
“Vamos ouvir, debater e buscar caminhos para que ela possa ser adotada pelas empresas”, completou Gandini, ressaltando que a reunião será transmitida ao vivo pelo YouTube da Assembleia Legislativa.
Se adotada em larga escala, a tecnologia pode representar um salto de qualidade nas políticas públicas ambientais capixabas, aliando inovação, sustentabilidade e saúde pública
Legenda da foto: A Comissão de Meio Ambiente, presidida por Gandini, volta a ganhar destaque com mais um tema de relevância: a redução do pó preto.
Crédito: Gleberson Nascimento.