O festival ‘Dança em Trânsito’ 2023 começa nesta quarta, dia 26 de julho e vai até domingo, 30, e passará por Colatina, Baixo Guandu, Vitória e Vila Velha, com ampla programação que inclui espetáculos variados com artistas locais, nacionais e internacionais!
Em sua 21ª edição, o Dança em Trânsito, um dos maiores e mais abrangentes festivais internacionais de dança contemporânea do país, chega no Espírito Santo essa semana entre os dias 26 e 30 julho com uma programação gratuita e especial em quatro cidades capixabas: Baixo Guandu, Colatina, Vitória e Vila Velha.
O festival teve uma primeira etapa inédita entre fevereiro e abril, no Rio de Janeiro, e, em junho, seguiu para a República Tcheca. E neste mês de julho, deu início a sua já tradicional itinerância nacional, que este ano passa por 33 cidades, divididas em três circuitos espalhados pelas cinco regiões do país, até 14 de outubro.
Neste intercâmbio são convidados artistas das mais diversas danças populares e do folclore brasileiro para se apresentarem junto aos artistas do Dança em Trânsito na sua cidade ou fora de sua cidade de origem e, assim, serão costuradas as culturas e incentivada a difusão de nosso rico folclore e cultura para além de seus estados.
No Espírito Santo, a suíça Nicole Seiler, a belga Loraine Dambermont, e os brasileiros Fábio da Costa, Mário Nascimento são algumas das atrações que desembarcam por aqui com espetáculos e uma série de ações para a difusão e democratização da dança, como residências artísticas, oficinas e muito mais. Desde o início, o projeto Dança em Trânsito reúne apresentações artísticas, formação, capacitação, reflexão e intercâmbio entre grupos de dança de diversas cidades do Brasil e do mundo, possibilitando assim trocas de experiências entre artistas e companhias nacionais e internacionais convidadas, e incentiva o desenvolvimento das linguagens da dança. Com a característica marcante da apresentação de trabalhos em destaque no cenário atual e a ocupação, além de diversos teatros, também de espaços urbanos, a cada nova edição estende o acesso a novos públicos, prezando pela democratização da cultura, e reforçando o compromisso assumido para o fortalecimento e a divulgação da dança contemporânea em consonância com outras culturas e segmentos da dança, e com a cultura popular brasileira.
O 21º Dança em Trânsito é apresentado pelo Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio master do Instituto Cultural Vale e patrocínio da Volkswagen Caminhões e Ônibus e Engie Brasil Energia.
ESPETÁCULOS GRATUITOS
Um dos espetáculos da programação do festival Dança em Trânsito no Espírito Santo é com Christian Moyano de Montevidéu, Uruguai, que passará pelas quatro cidades capixabas apresentando seu solo ‘Você deveria Ficar’ (15 minutos). ‘Você Deveria Ficar’ é uma obra de dança contemporânea que lembra onde estamos, que vive a precisão, o abraço e o adeus. É uma peça que propõe eliminar os limites entre a arte e a vida. Colocando assim os lugares presentes como tesouros. Despedir-se nunca foi simples. Pensar que partir faz parte de nós e que de alguma forma, devemos sempre ficar. Nós somos o contraste no movimento certo. Você está onde deveria. Onde você está?
Outro espetáculo que também passará pelas quatro cidades capixabas é com o bailarino Fábio Costa de Brumadinho, Minas Gerais. Em seu solo ‘Umbigo do Sonho’ (23 minutos) ele encena a realidade de jovens negros por meio do encontro entre dança e psicanálise. Fabio Costa, quando criança, acompanhava a mãe, empregada doméstica, e trabalhava nos jardins das casas. Na adolescência, trabalhou na construção civil e viveu as brigas e tretas das quebradas, perdendo amigos no tráfico, até ser convidado, aos 20 anos, dançando na rua, a fazer parte de um grupo de dança. O psicanalista Musso Greco teceu a trama a partir dos sonhos e da história de Fábio.
E especialmente no dia 30 de julho, no Parque Cultural Casa do Governador, o coreógrafo Rami Levi, do Grupo Tápias, do Rio de Janeiro, também apresentará seu solo, criado especialmente para a intérprete Flávia Tápias. Rami Levi inspirou nos movimentos de animais para traduzir, para o corpo da intérprete, toda sua experiência, ao longo de seus trabalhos com Jean Christoph Mailot, Mats Ek, Nacho Duacho e Ohad Naharin.
RESIDÊNCIAS E OFICINAS: FORMAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO
O Dança em Trânsito 2023 também incentiva e viabiliza residências artísticas de criação sob orientação de artistas e coreógrafos convidados de diferentes regiões do Brasil, e também do exterior. Tais profissionais criarão coreografias para os artistas das cidades onde forem realizadas as oficinas de criação, e essas novas coreografias seguirão para outra(s) cidade(s) com o festival. A ideia é fortalecer as trocas de experiências, e ampliar o conhecimento de novas formas de criação utilizadas por outros coreógrafos, brasileiros e estrangeiros.
Entre os dias 21 e 25 acontece em Colatina, Workshop com Criação com a coreógrafa do Amapá Larissa Ramalho. Larissa, que é mestra em Dança pela Université Paris 8 (Saint-Denis, França) e trabalhou por anos em Paris e junto também a outros grandes artistas internacionais, conduzirá os participantes deste Workshop na criação de uma obra coreográfica centrada na ideia de Trajetórias. A partir da realização de jogos corporais e da partilha de um vocabulário de movimentos previamente construído pela coreógrafa, será criado um trabalho coreográfico, cuja inspiração principal serão as experiências pessoais de deslocamento cotidiano dos participantes.
Já no dia 28 de julho, acontece em Vitória a Oficina de “Dança Contemporânea Urbana” com o bailarino mineiro Fábio Costa. A oficina é gratuita e terá duas horas de duração e será realizada no Espaço de Dança Duetto, em Santa Lúcia, Vitória. As vagas são limitadas e as inscrições também devem ser feitas pelo site do festival, o www.dancaemtransito.com.br.
A oficina de Fábio Costa tem como foco principal sua pesquisa de movimento pelo chão. É uma mescla de Dança Contemporânea, Danças Urbanas e Improvisação. O artista busca compartilhar um pouco das técnicas que adquiriu percorrendo diferentes Companhias e Diretores do Brasil e do Mundo.
O objetivo do Festival com as oficinas é criar um espaço de troca, oferecendo aos participantes a possibilidade de reflexão sobre as próprias práticas, ao mesmo tempo em que promovem um intercâmbio de culturas e diversidades entre os artistas. “Os participantes são orientados por profissionais convidados, que propõem e conduzem as atividades de modo a desenvolver habilidades, exercitar a criatividade e aprimorar talentos. Além disso, é uma forma de promovermos a ampla discussão da dança contemporânea, propiciando a aquisição de novas aprendizagens de naturezas tanto conceitual como prática”, explica Giselle Tápias, diretora artística e curadora do festival, ao lado de Flávia Tápias.
Dança em Trânsito em números
Criado em 2002, o Dança em Trânsito é um festival internacional de dança contemporânea que tem por objetivo valorizar, promover e democratizar esta expressão artística, seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior, como também pela itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil, em teatros ou espaços públicos. Sua atuação abrange ainda residências artísticas, com oficinas de criação, e workshops, abrindo canais para novos talentos da dança, e a formação de plateias, estimulando o interesse pelas artes e pela dança. O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades em diversas partes do mundo com o intuito de difundir a dança contemporânea. Desde a sua criação, em 2002, o Dança em Trânsito já apresentou mais de 1.100 apresentações, com cerca de 100 companhias de 18 países, envolvendo mais de 30 cidades das cinco regiões do Brasil e exterior, para um público de mais de 70 mil pessoas. Em 2020, durante a pandemia, realizou uma versão online, indicada ao Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), na categoria “Difusão”, e, em 2021, a primeira edição híbrida, que envolveu 25 cidades.
Festival Internacional Dança em Trânsito 2023 – 21ª edição
Confira programação completa e gratuita no Espírito Santo
De 26 a 30 de julho: Colatina, Baixo Guandu, Vitória e Vila Velha
26 DE JULHO – QUARTA-FEIRA – COLATINA
A partir das 18h | Área Verde – Av. Senador Moacyr Dalla-Centro/Colatina
VOCÊ DEVERIA FICAR (15 min) – Christian Moyano (Montevidéu, Uruguai)
COREOGRAFIA criada para profissionais de Belo Horizonte/MG (10 min) –Nicole Seiler (Lausanne, Suíça)
COREOGRAFIA criada para profissionais de Vitória e Vila Velha/ES (10 min) – Mário Nascimento (Manaus/AM)
UMBIGO DO SONHO (23 min) – Fábio Costa (Brumadinho/MG)
COREOGRAFIA criada para participantes de Colatina/ES (10 min) – Larissa Ramalho (Macapá/AP)
27 DE JULHO – QUINTA-FEIRA – BAIXO GUANDU
A partir das 19h | Praça São Pedro
Endereço: Av. Carlos Medeiros, 1-91 – Baixo Guandu/ES, 29730-000
VOCÊ DEVERIA FICAR (15 min) – Christian Moyano (Montevidéu, Uruguai)
COREOGRAFIA criada para profissionais de Belo Horizonte/MG (10 min) –Nicole Seiler (Lausanne, Suíça)
COREOGRAFIA criada para profissionais de Vitória e Vila Velha/ES (10 min) – Mário Nascimento (Manaus/AM)
UMBIGO DO SONHO (23 min) – Fábio Costa (Brumadinho/MG)
COREOGRAFIA criada para participantes de Colatina/ES (10 min) –Larissa Ramalho (Macapá/AP)
28 DE JULHO – SEXTA-FEIRA – VITÓRIA
A partir das 18h | SESC Glória
Endereço: Av. Jerônimo Monteiro, 428 – Centro, Vitória/ES, 29010-002
18h | Teatro Superior
COREOGRAFIA criada para profissionais de Vitória e Vila Velha/ES (10 min) – Mário Nascimento (Manaus/AM)
18h30 | hall
VOCÊ DEVERIA FICAR (15 min) – Christian Moyano (Montevidéu, Uruguai)
19h | Teatro
COREOGRAFIA criada para profissionais de Belo Horizonte/MG (10 min) –Nicole Seiler (Lausanne, Suíça)
UMBIGO DO SONHO (23 min) – Fábio Costa (Brumadinho/MG)
30 DE JULHO – DOMINGO – VILA VELHA
A partir das 10h30 | Parque Cultural Casa do Governador
Endereço: R. Santa Luzia – Praia da Costa, Vila Velha/ES.
SOLO (8 min) – Rami Levi – Grupo Tápias (Rio de Janeiro/RJ)
VOCÊ DEVERIA FICAR (15 min) – Christian Moyano (Montevidéu, Uruguai)
UMBIGO DO SONHO (23 min) – Fábio Costa (Brumadinho/MG)
COREOGRAFIA criada para profissionais de Vitória e Vila Velha/ES (10 min) – Mário Nascimento (Manaus/AM)