Cultura

Conheça os 12 filmes da mostra audiovisual competitiva do Festival Movimento Cidade 2025

Mostra Cinética vai exibir produções de nove estados brasileiros em uma super tela de cinema a céu aberto, em Vila Velha (ES)

Do Amazonas ao Paraná, do sertão à periferia urbana, a diversidade cultural brasileira se revela em 12 curtas-metragens que integram a mostra audiovisual competitiva do Festival Movimento Cidade 2025. Batizada de Mostra Cinética: Memórias do Movimento, a seleção reúne obras de diferentes gêneros e linguagens, com duração entre 1 e 15 minutos, que serão exibidas no dia 16 de agosto, em uma super tela de cinema a céu aberto no Parque da Prainha, em Vila Velha — a maior estrutura já utilizada para este fim no Espírito Santo.

A mostra recebeu mais de 700 inscrições de todas as regiões do país e os 12 filmes escolhidos representam nove estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. A curadoria destacou temas urgentes e sensíveis como identidade de gênero, vivências LGBTQIA+, saberes ancestrais, espiritualidade, resistência periférica e a dança como forma de expressão política e poética.

“Cada filme selecionado carrega, em si, memórias vivas de corpos, territórios e tradições que resistem, se transformam e seguem pulsando. É uma celebração do movimento da própria vida em sua potência criativa e coletiva”, afirma Luísa Costa, sócia-diretora do Movimento Cidade.

A obra vencedora receberá R$ 1.500 em premiação e será anunciada ao final da mostra, que compõe a programação da 7ª edição do Festival Movimento Cidade, marcada para os dias 15 e 16 de agosto de 2025.

Entre os selecionados, destaca-se o curta “Como Matar para Viver”, do capixaba Matheus Barreto de Souza, que mergulha na prática da pesca artesanal em Nova Almeida, na Serra (ES), por meio do relato de Gilcélia Barreto. O documentário propõe uma reflexão sobre rituais de morte que, paradoxalmente, também geram vida, identidade e pertencimento.

Outro destaque é o paranaense “Basquete das Excluídas”, de Rudolfo Auffinger, que retrata um coletivo LGBTQIA+ que ocupa quadras públicas de Curitiba com partidas performáticas, misturando esporte, dança e ativismo de gênero.

Já em “Cabeça de Cabaças”, da amazonense Keila-Sankofa, a videoarte se debruça sobre a simbologia da cabaça nas culturas negras e indígenas amazônicas, evocando ancestralidade, espiritualidade e os ciclos da criação.

Os 12 filmes selecionados

  • Alimento Diaspórico – Samir Pereira – BA – 2020

  • Babilônia – Victor Curi – RJ – 2022

  • Basquete das Excluídas – Rudolfo Auffinger – PR – 2025

  • Batalha de Flores – Luis Villaverde – SP – 2024

  • Cabeça de Cabaças – Keila-Sankofa – AM – 2024

  • Chama – Nathália Alves Moura – GO – 2024

  • Como Matar para Viver – Matheus Barreto de Souza – ES – 2025

  • Desesquecer – Mayara Ferrão – BA – 2025

  • Do Barroco ao Barraco – Jahi Amani – MG – 2024

  • João Bananeira – Gastação Infinita – Patrick Gomes e Hecthor Murilo – ES – 2025

  • Mov Kae – Toshiko Oiwa – SP – 2024

  • Pavilhão – Victoria Fiore – RJ – 2025

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