Filhos em outros estados, netos com rotina apertada e um celular no meio do caminho. As chamadas de vídeo viraram ponto de encontro entre idosos e familiares, ajudando a manter o afeto ativo mesmo fora da convivência diária.
Em tempos de distância física e rotinas aceleradas, a convivência entre famílias e seus parentes idosos ganhou um novo formato. Em Vitória, a Mo’ã – Residência de Vida Ativa tem usado ferramentas simples de comunicação, como grupos de WhatsApp e videochamadas, para manter o diálogo constante entre hóspedes e familiares. O projeto, batizado de “Conexão de Coração”, permite encontros virtuais duas vezes por semana e tem se mostrado uma forma eficaz de preservar vínculos e promover bem-estar emocional.
“A presença da família, mesmo que mediada por uma tela, tem um impacto enorme. Muitos idosos esperam com entusiasmo o horário da chamada”, conta Gabriela Taquetti, diretora da Mo’ã.
As videochamadas são agendadas conforme a disponibilidade das famílias, geralmente nas manhãs de segunda, quarta e sexta-feira. Há famílias que participam com frequência e outras que dependem da distância ou do trabalho, mas, em todos os casos, a iniciativa facilita a presença e o cuidado.
“O mais importante é oferecer um canal aberto e humano. Às vezes, uma conversa rápida já muda o dia de quem está aqui”, afirma Gabriela.
Além das chamadas, a equipe mantém um canal direto com os familiares, compartilhando informações cotidianas e fotos em grupos de mensagens. A proposta reflete um movimento crescente nas instituições de acolhimento: aproximar as famílias sem complexidade tecnológica, priorizando o afeto e a escuta.
