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Caso Pacholok: como a musculação salvou vidas em queda de balão

O preparo físico do fisiculturista Fabrício Pacholok foi crucial para que o corpo dele suportasse o forte impacto em queda livre contra o solo, avalia especialista em Biomecânica

Há pouco mais de um mês, o fisiculturista Fabrício Pacholok, e a esposa dele, Juliane Sestak, viram a morte de perto durante uma viagem de férias. No último dia 25 de janeiro, o casal de Curitiba passeava de balão entre Praia Grande e São João do Sul, em Santa Catarina, quando o equipamento bateu contra fios de alta tensão durante o pouso e provocou a queda livre do cesto.

Os turistas despencaram de uma altura de sete metros e sofreram diversas fraturas pelo corpo. Pacholok foi fisiculturista e pratica musculação há mais de 20 anos. O condicionamento físico dele impediu que os danos em consequência do acidente fossem ainda maiores, devido ao forte impacto, na avaliação do especialista em biomecânica André Albuquerque.

“A musculação salvou a vida dele. Com a aceleração da gravidade gerada, se o Fabrício não tivesse a massa muscular que tem, não teria resistido ao forte impacto e não conseguiria proteger a esposa de um mal maior, tamanha a velocidade com os quais chegaram ao solo. Eles poderiam ter morrido na mesma hora”, afirma.

Por conta da rotina regular de exercícios de musculação, o corpo de Pacholok formou uma massa muscular de espessura grossa entre a pele e a costela, na comparação com uma pessoa comum. “Foi o que protegeu o atleta. Qualquer outra pessoa que sofresse o mesmo impacto, provavelmente teria tido os pulmões seriamente perfurados pelas costelas e poderia ser fatal. Sem contar as possíveis fraturas em vários outros ossos”, afirma Albuquerque.

O especialista destaca, ainda, que a forte estrutura corporal de Pacholok ajudou a escorar o corpo de Juliane. “Por consequência, ele salvou a vida dela também, porque ele conseguiu ficar na frente dela no momento do choque contra o solo e amorteceu o impacto dela.”

Durante a recuperação, Pacholok tomou um novo susto e, mais uma vez, seu histórico na musculação foi essencial. O atleta e a esposa passaram por cirurgias e já se recuperavam em casa, quando Pacholok sofreu uma embolia pulmonar.

Recuperação e retorno à rotina

Desde o início da recuperação, Pacholok realiza sessões de fisioterapia e o corpo responde de forma muito acelerada aos estímulos, também por conta do físico. Os fisioterapeutas e médicos, segundo ele, estão muito satisfeitos com os resultados.

“Eles dizem que meu estado físico, do que estou conseguindo fazer de mobilidade, amplitude de movimento, ativação de movimentos, seria de uma pessoa já com mais de dois meses de fisioterapia e acabei de completar quatro semanas da cirurgia. O fato de eu ter um histórico dentro do esporte, está me ajudando demais na minha recuperação”, comemora o atleta.

Aos poucos, o casal retoma as atividades físicas com exercícios adaptados de musculação.

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