O Espírito Santo alcançou um novo marco nas exportações do agronegócio em 2024, superando pela primeira vez a marca de US$ 2,9 bilhões (aproximadamente R$ 16,8 bilhões) nas transações externas realizadas de janeiro a outubro. Esse valor representa um crescimento expressivo de 71% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o total de divisas geradas foi de US$ 1,7 bilhão. Com isso, o Estado bateu recordes históricos, superando todo o valor de exportações do agro capixaba de anos anteriores.
O desempenho do Espírito Santo no mercado internacional foi muito superior ao crescimento registrado no Brasil, que obteve uma variação de apenas 0,3% no valor das exportações e 0,7% no volume. Em contrapartida, o Estado exportou mais de 2,2 milhões de toneladas de produtos agropecuários, um aumento de 4,6% em volume em comparação ao ano anterior.
O grande destaque das exportações capixabas em 2024 é o café conilon. O produto, que já ocupa a posição de principal item da pauta comercial do Estado, apresentou um crescimento de 132,5% no valor comercializado e um impressionante aumento de 92,3% no volume exportado. Foram enviadas para o exterior cerca de 6,49 milhões de sacas de café, sendo 5,06 milhões de sacas de conilon cru e 430,8 mil sacas de conilon solúvel. O aumento das exportações do café conilon, com um crescimento de 123% em relação ao mesmo período do ano passado, reflete a consolidação do produto no mercado global, que se tornou cada vez mais relevante para a economia capixaba.
“O café conilon é um grande responsável pelo crescimento das exportações, e sua presença no mercado futuro da B3 é uma ferramenta essencial para os produtores, garantindo maior segurança financeira, especialmente diante das oscilações de preços. Isso traz benefícios diretos para as famílias dos nossos cafeicultores”, afirmou Enio Bergoli, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.
Além do café, outros produtos também se destacaram nas exportações capixabas. A carne bovina, a celulose, o mamão e a pimenta-do-reino apresentaram aumentos significativos nas vendas externas, com variações de até 50,3% no valor da carne bovina e 36,5% na celulose. O Espírito Santo também se consolidou como o maior exportador de gengibre e pimenta-do-reino do Brasil, além de liderar as exportações de mamão com 44% do total nacional.
O agronegócio continua a ser um pilar fundamental da economia capixaba, com uma participação de 32,6% no total das exportações do Estado entre janeiro e outubro. Os produtos do agro capixaba foram enviados para 123 países, com destaque para os Estados Unidos, que representaram 22% do valor total comercializado.
Em meio ao crescimento expressivo, o Estado também enfrenta desafios. A Secretaria da Agricultura do Espírito Santo identificou uma inconsistência nos dados de exportações de açúcar de cana nos primeiros meses de 2024, com números que não condizem com as médias históricas. A questão está sendo investigada e, enquanto isso, os dados referentes ao açúcar foram desconsiderados nas análises. A Secretaria está em contato com as entidades responsáveis para corrigir as informações.
O cenário é de otimismo para os próximos meses, com o agronegócio capixaba consolidando sua competitividade no mercado global. “Esses resultados refletem o trabalho árduo e a resiliência dos nossos produtores e agroindústrias, que têm se destacado pela qualidade e sustentabilidade de seus produtos. Estamos avançando com competitividade no cenário internacional”, destacou o secretário Enio Bergoli.
Com o café conilon liderando as exportações e o agronegócio capixaba cada vez mais presente em mercados internacionais, o Espírito Santo se prepara para continuar ampliando sua participação no comércio exterior, gerando mais divisas e fortalecendo a sua economia.
