Na última quinta-feira (06), equipes técnicas dos órgãos envolvidos se reuniram na sede do Incaper, em Vitória, para discutir os próximos passos na construção de um Programa de Desenvolvimento Sustentável da Pipericultura Capixaba. O encontro, que contou com a participação de pesquisadores, extensionistas e especialistas da área, teve como principal objetivo avançar na criação de um programa que visa o fortalecimento da cadeia produtiva da pimenta-do-reino, produto de grande relevância econômica para o Estado do Espírito Santo.
O Espírito Santo é o maior produtor e exportador de pimenta-do-reino no Brasil, sendo responsável por 61% da produção nacional, e a especiaria ocupa a terceira posição na pauta de exportações do agronegócio capixaba. A importância econômica do setor é clara, e a intenção do programa é torná-lo ainda mais forte e sustentável, alinhando-se às diretrizes do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag-4).
O subsecretário de Estado de Desenvolvimento Rural da Seag, Michel Tesch, coordenou a reunião e destacou a relevância da criação do programa para garantir o fortalecimento da pipericultura no Espírito Santo. “O programa busca garantir o crescimento sustentável da pimenta-do-reino, com base nas demandas e iniciativas do Pedeag-4, reunindo esforços para apoiar o setor de maneira estratégica e sustentável”, afirmou Tesch.
Um dos principais pilares do programa será a criação de um currículo de sustentabilidade específico para a pimenta-do-reino, inspirado no modelo bem-sucedido já aplicado à cafeicultura no Estado. O Espírito Santo é referência nacional e internacional com seu Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura, e a proposta é replicar os resultados positivos dessa experiência na pipericultura.
“Queremos aplicar na pipericultura o modelo de sucesso que já consolidou a cafeicultura como um grande exemplo de desenvolvimento sustentável. A pimenta-do-reino tem um potencial imenso, e precisamos garantir que sua produção continue crescendo de forma responsável e sustentável”, destacou o subsecretário Michel Tesch.
O diretor-geral do Incaper, Antonio Elias Souza da Silva, reforçou a importância de envolver a pesquisa, a assistência técnica e a extensão rural para fortalecer a cadeia produtiva da pipericultura capixaba. “Estamos comprometidos em criar um programa robusto, que tenha como base ações efetivas e sustentáveis, visando tornar o setor ainda mais competitivo”, afirmou Silva.
A proposta do programa será agora apresentada e debatida com representantes do setor de pipericultura, além de organizações parceiras ligadas à agricultura capixaba. A expectativa é que, após esse processo de discussão e ajustes, o programa seja oficialmente lançado nos próximos meses, consolidando ainda mais o Espírito Santo como líder nacional na produção e exportação de pimenta-do-reino.
A iniciativa marca um importante passo na busca pela sustentabilidade e excelência da pipericultura capixaba, com o objetivo de garantir o fortalecimento do setor, a manutenção da competitividade no mercado global e a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.
