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Aquaviário terá até mais 5 estações

Governo do Estado estuda abrir novas paradas na rodoviária. A informação foi dada em primeira mão pelo secretário da pasta, Fábio Damasceno, durante a segunda edição do Gandicast, programa apresentado pelo deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), para ser transmitido no seu canal no Youtube.

Ao ser indagado por Gandini, Damasceno declarou que o governo estuda algumas possibilidades, mas que uma nova estação na Rodoviária de Vitória será praticamente uma realidade em breve.
“O terreno na Rodoviária de Vitória é real, é do Estado, é uma área de integração. Lá passam ônibus que vêm da Segunda Ponte, que passam nas Cinco Pontes, é possível trazer o Transcol para dentro da própria rodoviária, que integra todo o Estado e a Região Metropolitana, pelo Portal do Príncipe”, declarou Damasceno.

O secretário, inclusive, adiantou que as liberações, com as devidas licenças, já foram obtidas. “Essa (estação) é a que está mais próxima porque já temos tudo aprovado e só depende do Estado. É a parte administrativa que tem de ser feita. Estamos atualizando projeto e orçamento”, explicou, sem dar uma data para o início do funcionamento.

DOM BOSCO

De acordo com ele, a segunda estação a ser estudada já é conhecida dos capixabas. Trata-se do antigo Terminal Dom Bosco, que deverá ser reativado. Ele surge de uma necessidade da Pessoa com Deficiência (PCD), o cadeirante, na Praça do Papa.
“Temos um problema na Praça do Papa: o mar bate muito. Por causa disso, tomamos a decisão e estamos preparando o projeto no antigo Terminal Dom Bosco. Não era essa a programação, era no centro de Vitória, mas lá (no terminal) já está pronto. É tranquilo porque está mais perto da Enseada do Suá e da Praça do Papa”, afirmou, lembrando que no Terminal Dom Bosco há uma vantagem adicional: a avenida é bidirecional, ou seja, é possível ter ponto de ônibus nos dois sentidos.

Damasceno informou que a ideia seria prolongar a linha Prainha/Praça do Papa, que então passaria a fazer também o Terminal Dom Bosco. Indagado sobre a tão esperada volta da estação no Centro, o titular da Semobi informou que houve um pedido da Vports (antiga Codesa) e da Capitania dos Portos, de análise de maré e ondulação porque aquela região é uma área de manobra de navios. “É um trabalho que exige um tempo maior”, admitiu.

Assim como no Centro, também estão sob análise para abrigar novas estações: o antigo Museu da Vale, em Vila Velha, e a nova orla de Porto de Santana, em Cariacica.

“Temos um quadrilátero entre Porto de Santana, em Cariacica; e Prainha e Praça do Papa, em Vitória, que abarcam as regiões do início da Rodoviária, de Santo Antônio e que vêm até a Enseada do Suá. Neste momento, nós estamos trabalhando neste quadrilátero”, garantiu.

 SÃO PEDRO

Damasceno também foi questionado pelo deputado Gandini sobre a necessidade de levar o Aquaviário para a região da Grande São Pedro, uma antiga reivindicação das lideranças comunitárias e dos moradores.

O secretário, por sua vez, fez algumas ponderações. Segundo ele, o governo do Estado precisa obter algumas informações, antes de tomar essa decisão, principalmente sobre a quantidade de barcos disponíveis, já que há um desvio de 40 minutos no percurso.

“Para atual quantidade de barcos, precisamos abrir uma outra linha, com integração no Centro. Poderíamos fazer Porto de Santana, São Pedro e rodoviária? É preciso ter a estação da rodoviária pronta e mais barcos, para se pensar numa outra linha porque São Pedro é longe. E temos outras avaliações que precisamos fazer na região de São Pedro, como funcionaria o Transcol, por exemplo. É mais complexo, mas não está nada descartado!”, declarou.

Atualmente, estão em funcionamento a Estação Prefeito Setembrino Pelissari, na Praça do Papa, em Vitória; a Estação Prefeito Aloízio Santos, em Porto de Santana, Cariacica; e a Estação Governador Albuíno Azeredo, na Prainha, em Vila Velha. Ao todo, o Aquaviário disponibiliza de 90 a 100 lugares. São três estações e duas linhas. A terceira linha, Porto de Santana a Prainha, funciona nos finais de semana.

O projeto representa uma conquista significativa para a população da Grande Vitória, proporcionando uma opção adicional de transporte público seguro e confortável. Os pontos de embarque e desembarque contam com estrutura para os passageiros esperarem pela embarcação contendo assentos e área para conexão com as embarcações, coberta e acessível, interligando o local de espera até as embarcações.

“O Sistema Aquaviário voltou muito mais moderno com ar-condicionado, bicicletário, wi-fi e integrado ao Transcol, sem custos adicionais. Os passageiros que iniciarem a viagem em uma linha do Transcol e concluírem o trajeto no Aquaviário (ou vice-versa) pagam apenas uma tarifa no primeiro embarque”, frisou Damasceno.

Para o secretário, não há dúvidas de que o Aquaviário deu certo e a população capixaba aderiu ao novo sistema. “Operacionalmente, o Aquaviário está cheio. São 5.000 pessoas por dia. Você tem um transporte bastante eficiente. Tem muita a questão do Turismo, mas também – e as pessoas muitas vezes confundem isso – lidamos com sistemas integrados de transporte, e não alternativos de transporte. Na verdade, é um complemento ao Transcol, ao automóvel, à bicicleta”, comparou Damasceno.

Damasceno garante que isso permitiu que pessoas que trabalham na Enseada do Suá, em Vitória, e que moram na Praia da Costa, em Vila Velha, pudessem ir de bicicleta ou a pé, deixando o carro na Prainha. “É o que buscamos com a integração”, comemorou.

O novo Sistema Aquaviário marca o renascimento de um serviço que operou na Grande Vitória até a década de 1990. Reinaugurado em 20 de agosto de 2023, a iniciativa busca fortalecer a conexão entre Vila Velha, Vitória e Cariacica, contribuindo no acesso a pontos turísticos, áreas de lazer, comércio e outras regiões de interesse.

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