Trinta e seis estudantes do Centro Educacional Leonardo da Vinci desenvolvem projetos que podem ser levados à Estação Espacial Internacional em 2025
Já pensou em ver uma pesquisa capixaba realizada por um astronauta na Estação Espacial Internacional (ISS)? Essa possibilidade está se tornando realidade, graças a um grupo de 36 alunos do Centro Educacional Leonardo da Vinci, que está trabalhando em propostas de estudos para serem executadas em microgravidade.
Os projetos participam de uma seleção internacional, cuja intenção é inspirar estudantes do ensino fundamental e médio a se tornarem a nova geração de exploradores espaciais. O experimento vencedor será enviado à ISS, e seus resultados serão analisados após a missão.
Como recompensa, os criadores da pesquisa selecionada terão a oportunidade de participar de uma conferência científica no Museu Nacional do Ar e Espaço do Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos, em junho ou julho de 2025. Além disso, eles acompanharão o lançamento do foguete da SpaceX, que levará seu experimento à ISS, na primavera americana de 2025.
João Duarte, coordenador do Ensino Médio da escola, destaca que a participação dos alunos é voluntária e não faz parte do currículo regular, ou seja, não gera notas. Os estudantes estão recebendo mentoria de renomados cientistas brasileiros e americanos, incluindo Gary Stutte, um biólogo espacial que por 25 anos liderou pesquisas sobre produção de alimentos em missões espaciais de longa duração.
“Os alunos estão muito empolgados e desafiados com essa oportunidade única de criar experimentos para uma referência mundial em pesquisa espacial. Muitos já tiveram a chance de visitar a NASA e participar de aulas sobre robótica, cultivo de plantas no espaço e astrobiologia, aplicando agora esses conhecimentos em seus projetos,” afirma Duarte.
Embora os temas dos experimentos ainda não sejam divulgados, João sugere que alguns podem estar relacionados a produtos típicos do Espírito Santo. A fase de concepção das pesquisas vai até 5 de novembro, com a seleção final prevista para 20 de dezembro deste ano.
As pesquisas em microgravidade são fundamentais para entender processos biológicos e físicos que a gravidade terrestre influencia. Experimentos na ISS possibilitam aos cientistas investigar fenômenos que não podem ser observados na Terra, como a cristalização de proteínas, o crescimento de células e o comportamento de fluidos. Esses estudos não apenas avançam o conhecimento científico, mas também podem resultar em tecnologias e tratamentos médicos que beneficiam toda a humanidade.