Número de diagnósticos cresceu no Estado, e é necessário estar atento aos sintomas para evitar evolução para quadros graves
As chuvas constantes, a umidade e o calor do verão são alertas para a necessidade de cuidados para prevenir a dengue. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o início de 2023 tem concentrado um elevado número de notificações da doença, com 1.453 casos somente na primeira semana de janeiro. Em comparação, o mês de dezembro inteiro teve 1.027 diagnósticos.
Segundo a Sesa, o período de maior concentração de casos notificados de dengue tem início em outubro e prossegue até maio.
A médica infectologista da Unimed Sul Capixaba, Luiza Morandi Xavier, explicou que a dengue é uma que pode ser apresentar de forma benigna ou grave, podendo ser assintomática, ou apresentar-se com febre, dor de cabeça, manchas avermelhadas pelo corpo, dores pelo corpo e náuseas.
Pode, ainda, evoluir com sintomas persistentes e graves como sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes, o que pode indicar um sinal de alarme para a dengue hemorrágica.
“Nos primeiros sinais e sintomas deve-se procurar atendimento médico com a finalidade de realizar o diagnóstico, já que a dengue pode ser confundida com várias outras doenças, para identificar a gravidade da doença e seguir as orientações médicas”, alertou a infectologista.
O vírus da dengue pertence à família dos flavivírus (família de vírus causadores de uma ampla gama de doenças) e é classificado como um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos), transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti.
Desta forma, a médica explicou que a melhor forma de prevenir a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.