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A Comédia ‘SHIRLEY VALENTINE’ com Susana Vieira

O espetáculo, que acontece nos dias 18 e 19 de março no Teatro Glória, celebra o retorno de Susana Vieira aos palcos de Vitória e marca o lançamento da 15ª edição do Circuito Cultural Unimed

Para celebrar os 60 anos de carreira e 80 de vida,  a atriz Susana Vieira retorna aos palcos com um dos maiores desafios de sua trajetória: o clássico ‘Shirley Valentine’, um dos mais importantes textos do teatro moderno, com encenações premiadas em todo o mundo. A comédia, que será apresentada nos dias 18 e 19 de março no Teatro Glória, foi escolhida para abrir a programação da 15ª edição do Circuito Cultural Unimed. No dia 19, haverá presença de um intérprete de libras.

A atração é patrocinada pela Unimed Vitória e pelo Instituto Unimed Vitória, por meio da Lei de Incentivo à cultura do Ministério da Cultura. O monólogo apresenta Shirley, uma mulher casada, mãe de dois filhos, que convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. A protagonista solitária decide conhecer a Grécia ao lado de sua melhor amiga, Wanda, e sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. A viagem se transforma em uma divertida jornada de Shirley em busca do seu verdadeiro eu.

A versão brasileira, escrita por Miguel Falabella e dirigida por Tadeu Aguiar, trata com leveza e muito bom humor os dilemas da personagem.  A comédia é uma nova leitura para o clássico de Willy Russell, que conquista plateias do mundo inteiro desde sua primeira versão, em 1986, quando estreou em Londres, sendo agraciado com o prêmio Laurence Olivier Awards de melhor comédia e melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989, entrou em cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo ano, estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao Oscar e Globo de Ouro, e vencedora do British Academy Film Award.

O encontro de Susana e Shirley

Susana Vieira apaixonou-se pela peça à primeira leitura. “Quando Miguel me entregou o texto, fiquei encantada, fascinada pelo humor da personagem, pela força e coragem que ela tem de ir atrás da felicidade. Shirley vai à luta. Todas nós mulheres temos várias coisas dela, por mais diferentes que possamos ser”, conta. A atriz ressalta que, apesar da dureza da vida, Shirley jamais perde o bom humor. E, se as paredes são a companhia da personagem, Susana tem a plateia como confidente: “É um monólogo, mas não me vejo sozinha em cena. Somos o público e eu”, celebra.

O texto passeia pela comédia com muita sutileza, gerando uma identificação imediata do público e trazendo um olhar afetivo sobre o ser humano e as relações familiares. Com uma abordagem longe de estereótipos e personagens cheios de verdade e sede de vida, o espectador é levado da gargalhada ao nó no peito em segundos. “O humor é a forma mais verdadeira e humana de chegar ao coração das pessoas”, exalta Falabella.

A parceria entre Susana e Miguel Falabella tem uma longa história e rendeu um dos maiores sucessos do teatro brasileiro: a peça ‘A Partilha’ (1990), que gerou a bem-sucedida continuação ‘A Vida Passa’ (2000). “Eu e Susana tivemos um encontro de vida e estamos sempre juntos, é uma festa”, vibra Falabella. A recíproca é verdadeira e a atriz garante que trabalhar junto com o autor e diretor mudou sua carreira. “A minha vida artística se divide entre antes e depois do Miguel. Tenho uma carreira muito feliz, mas a ‘A Partilha’ nos uniu para sempre. É um prazer imenso, porque ele é um grande autor. E, como somos dois comediantes, damos risada de tudo o tempo todo. Temos o mesmo tempo de comédia. Somos amigos para sempre”, festeja Susana.

O Circuito Cultural Unimed é patrocinado via Lei de Incentivo à Cultura Rouanet, graças à contribuição de médicos cooperados e colaboradores da Unimed Vitória, que destinam parte de seu imposto de renda devido a projetos aprovados em leis de incentivo fiscal por meio do Programa de Redirecionamento do Imposto de Renda (RIR). A produção e coordenação geral do Circuito é da WB Produções.

Sinopse

Shirley está cansada da indiferença do marido Joel, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos Milandra e Jorge cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.

Quando Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer?  Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia. A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto os nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador.

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